Vídeo. Senadora é interrompida três vezes em votação da CCJ: “Está difícil”
Eliziane Gama estava inscrita e precisou de intervenção de Davi Alcolumbre: “Talvez se colocar um homem antes se garanta o silêncio”, disse
atualizado
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Para conseguir ser ouvida por 10 minutos na Comissão de Constituição e Justica (CCJ) do Senado Federal, nesta quarta-feira (15/9), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) precisou apelar por pelo menos três momentos para que o presidente da sessão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), garantisse a palavra para a congressista.
Em meio à inúmeras interrupções, a parlamentar reclamou no plenário da comissão a falta de atenção e as conversas durante o pronunciamento e sugeriu que, se um homem estivesse com a palavra, poderia garantir a atenção para a fala dela em seguida.
“Está difícil, presidente. Talvez se Vossa Excelência passar para um homem falar antes de mim, para garantir o silêncio na sequência”, desabafou.
Após a intervenção de Alcolumbre, a senadora foi mais uma vez interrompida. “Muita euforia”, continuou Eliziane Gama.
A congressista tentava dar início à defesa de se incluir na reforma eleitoral uma garantia de recursos em dobro do fundo eleitoral para candidatura de mulheres, de negros, além de paridade para candidaturas femininas. Das Américas, o Brasil é um dos países com menor participação de mulheres na política.
Eliziane Gama citou como exemplo o Chile, país onde a paridade de candidaturas já existe como lei há bastante tempo e que, recentemente, teve que devolver cadeiras conquistadas no parlamento a homens para manter a igualdade política.
A senadora propõe um desmembramento da PEC da reforma eleitoral para tentar incluir na legislação brasileira a paridade entre candidaturas de homens e mulheres. Atualmente a lei exige 30% de candidaturas femininas.
Assista ao momento de interrupção: