Verba antirracismo do Carrefour é disputada por 42 entidades do DF
Grupo empresarial destinará R$ 2 milhões para ONGs brasileiras como reparação após morte de João Alberto ocorrida no ano passado
atualizado
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Pelo menos 42 entidades do Distrito Federal disputam uma fatia da verba de R$ 2 milhões anunciada pelo Grupo Carrefour para fomentar o empreendedorismo negro e o combate ao racismo. O número é uma pequena parte das mais de 1,6 mil inscrições feitas em todo o país.
O investimento é parte das ações da empresa após a morte de João Alberto Silveira Freitas, o João Beto, assassinado em novembro do ano passado, na frente de uma unidade do supermercado, em Porto Alegre (RS). Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul foram os que registraram maior número de entidades inscritas.
No total, serão contempladas 40 organizações sociais. Cada uma delas receberá até R$ 65 mil para ações, mas com a possibilidade de extensão do período, a depender de sucesso no projeto.
Durante o mês de julho, a empresa deve avaliar as propostas de cada uma das entidades inscritas, conforme regulamento e, em agosto, será feito o anúncio oficial das vencedoras.
Este é o primeiro de uma série de editais que o Carrefour vai lançar para estimular iniciativas de educação, empregabilidade e empreendedorismo para negros no país.
Cláusula
Recentemente, o Carrefour também anunciou a inclusão de uma cláusula antirracista em todos os contratos de fornecedores e uma política de tolerância zero ao racismo. A confirmação ocorreu durante um evento on-line comandado pelo CEO do grupo, Noel Prioux, para debater o combate ao preconceito racial nas corporações e, ainda, a promoção da equidade.