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União de Centrão a Alckmin fortalece nome de Rosso na briga pelo GDF

Caciques nacionais defendem manutenção da terceira via no DF e acenam com o PSD na cabeça de chapa como gesto pelo apoio da sigla ao tucano

atualizado

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1 de 1 Rogerio rosso 1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A confirmação do apoio dos partidos do Centrão, nesta quinta-feira (26/7), à candidatura do tucano Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República refletirá diretamente no tabuleiro político do Distrito Federal. A composição reforça o projeto nacional tucano, mas acarretará contrapartidas pragmáticas na corrida rumo ao Palácio do Buriti.

Com o ninho tucano reforçado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade, Alckmin agora mira a oficialização do PSD na já considerada maior coligação entre os atuais presidenciáveis confirmados. Para sacramentar o apoio, o comandante nacional da legenda assediada teve de rifar os planos do pessedista Guilherme Afif Domingos de disputar o Palácio do Planalto. É o preço da união em torno do tucano.

A reciprocidade chega em sinalização de apoio nacional do partido à eventual candidatura de Rogério Rosso (PSD) ao Governo do Distrito Federal (GDF). Apesar de ter recuado desse plano, o nome do ex-governador-tampão voltou a ser considerado como opção na briga pela principal cadeira do Buriti. O assunto é recorrente entre lideranças nacionais do PSDB, e a nomeação é defendida pelo senador Cristovam Buarque (PPS), um dos articuladores da coalizão local.

Além do cortejo nacional, há outro fato determinante na confirmação do registro da chamada terceira via: todos os integrantes da aliança estão empenhados na eleição proporcional, em especial na representatividade no Congresso Nacional. O bom resultado garante sobrevivência aos partidos, sobretudo porque o fundo partidário será definido a partir do número de parlamentares eleitos.

Nominata proporcional
Com a falta de nominata competitiva para a Câmara dos Deputados na esfera local – o que dificulta os aliados a terem sucesso na corrida pelos votos –, o PSDB-DF fica em desvantagem em comparação aos aliados. O pragmatismo matemático para garantir as cadeiras exigidas pelas nacionais partidárias faz com que o foco seja na manutenção da atual aliança, a qual não aceita por unanimidade a candidatura de Izalci Lucas (PSDB) ao GDF.

Como plano B, Rosso pode acabar alçado ao posto de cabeça de chapa da terceira via, na vaga hoje ocupada por Izalci. O grupo avalia, assim, ser essa a alternativa para manter o acordo inicial entre PRB, PSD, PPS, PSC, DC e PSDB.

Além de agradar aos caciques nacionais, os quais endossam a intenção de Alckmin agraciar o PSD, a escolha por Rosso tira o hoje deputado federal da corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados e abre a chance para que outro nome competitivo tenha chances reais de vitória. Nesse cenário, a prioridade será assegurar a candidatura de vice para um nome tucano.

Rosso não confirma a candidatura e diz que a terceira via tem construído, de forma coletiva, a formatação da chapa. Izalci, por outro lado, não admite concorrer a outro cargo que não seja o de governador.

Contudo, Rosso e Izalci não têm controle sobre as intenções de Geraldo Alckmin. Por se tratar de um colégio eleitoral modesto se comparado a outras regiões do país, o Distrito Federal acaba sendo um preço relativamente baixo para o tucano quitar o gesto nacional feito por Kassab.

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