Tucanos “rebeldes” terão pouco tempo no GDF, prevê Izalci
Para o presidente regional do PSDB, o cenário nacional demonstra que cada legenda seguirá caminho próprio, inclusive nos estados e no DF
atualizado
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Às vésperas de os “dissidentes” do PSDB-DF escolherem o nome que deve substituir Ludmila de Faro na Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh), o presidente da sigla, deputado federal Izalci Lucas, assegurou que a aproximação dos tucanos “rebeldes” ao governador Rodrigo Rollemberg (PSB) será um “voo de pato”.
Em conversa com a coluna, o parlamentar disse acreditar que os caminhos traçados pelas nacionais do PSDB e do PSB já dão sinais da inviabilidade da possível aliança partidária no cenário regional para 2018. “Socialistas já estão começando a declarar apoio à candidatura de Marina Silva (Rede), e isso vai afastar o partido definitivamente deles”, prevê Izalci.
“Ele [Rollemberg] não tem conseguido o apoio oficial de nenhum partido e acaba atraindo nomes isolados na esperança da aproximação no ano que vem. Foi assim também com o PHS. Mas eu garanto uma coisa: o PSDB não estará com Rollemberg em 2018″.
Histórico de desavenças
As brigas internas no PSDB-DF não são assunto recente. Desde que integrantes do partido decidiram aceitar cargos no GDF – como a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, que assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos em setembro –, o clima azedou no ninho.
Izalci chegou a subir o tom contra correligionários. Segundo o deputado, o tucano que estiver nomeado no governo terá de se licenciar do partido ou responder processo de possível expulsão.
Ainda assim, Abadia decidiu pagar para ver. Aliados da tucana minimizam os desabafos de Izalci ao lembrarem que a ex-governadora tem muita força na executiva nacional do PSDB. “Ela é fundadora e pioneira do partido. Quem é Izalci? Apenas um interventor”, retruca um militante ouvido pela coluna.