TJ explica lista milionária em auxílio-moradia a magistrados do DF
Após viralizar na internet, tabela com valores estrondosos para integrantes da Corte passou a receber críticas da população
atualizado
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Uma lista veiculada em redes sociais nesta segunda-feira (28/5) causou indignação. A tabela mostrava que cada magistrado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) receberia, no salário referente a este mês, quase meio milhão de reais a título de auxílio-moradia.
A tabela, com todos os 344 juízes e desembargadores da Corte brasiliense, trazia ao lado do nome de cada um o valor de R$ 437.774,00. A divulgação da lista sempre vinha acompanhada de críticas relacionadas à atual situação do Brasil e ao pagamento do benefício.
Procurado pelo Metrópoles para esclarecer a informação, o TJDFT disse que houve um erro na confecção da tabela.
Em nota oficial, o TJDFT local informou que, na verdade, trata-se de um erro na hora da formatação do documento: “No tocante à planilha veiculada com dados sobre pagamento de auxílio-moradia, o TJDFT explicou que, devido a erro de formatação na exportação de dados, as informações constantes em relatório foram majoradas em 100 vezes, visto que o sistema desconsiderou a vírgula representativa das casas decimais”.
O tribunal sustenta ainda: “o relatório já foi ajustado e que, a despeito disso, os valores efetivamente executados na folha de pagamento de seus magistrados, no mês de maio/2018, correspondem ao quantitativo nominal de R$ 4.377,73” – quantia referente ao benefício.
Também procurada, a Associação dos Magistrados do Distrito Federal (Amagis-DF) declarou se tratar de “completa falsidade dos valores constantes da tabela” e que o TJDFT “sempre prezou pela realização de todos os pagamentos em consonância com a legislação de regência”.
A entidade adiantou já “ter tomado as providências administrativas para apuração dos responsáveis pela propagação de informações totalmente divorciadas da realidade e que acompanhará detidamente o desenrolar de todo o trâmite interno, bem como a responsabilização nas esferas próprias da conduta ilícita praticada”, disse em nota.
O texto, assinado pelo presidente da entidade, juiz Fábio Francisco Esteves, ressaltou “a seriedade da situação, pois foram utilizados o logo e o nome do TJDFT, bem como divulgados dados pessoais dos magistrados, juntamente com os valores dolosamente manipulados”, finalizou.