“Só perdemos para o Acre”, diz deputado sobre preço “abusivo” de gasolina no DF
Chico Vigilante (PT) levantou preço do combustível em outras capitais e, apenas no Rio Branco, apresentou valor maior que R$ 5,40 por litro
atualizado
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Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa (CLDF), o deputado distrital Chico Vigilante (PT) voltou a atacar, neste domingo (31/1), o preço cobrado pela gasolina nos postos de combustíveis do Distrito Federal. De acordo com o parlamentar, a média do litro varia de R$ 5,11 a R$ 5,40, a depender do local de abastecimento.
Vigilante fez um comparativo e, segundo ele, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) indica que Brasília é uma das cidades com o preço mais alto para o combustível. Ele citou preços em outras capitais, como Porto Alegre (R$ 4,87), São Paulo (R$ 4,61) e Curitiba (R$ 4,51).
“Brasília só está perdendo para Rio Branco e olha que no Acre a gasolina chega de balsa. Eu sei que tem atrelamento ao preço internacional do Petróleo, mass quando há redução nesse índice, nunca chega ao consumidor daqui. Quando aumenta, logo reajustam”, reclamou.
O distrital também comparou o preço da gasolina cobrado em Brasília com o valor taxado em outros países, principalmente os mais próximos do Brasil. Segundo ele, na Argentina, a média do litro do combustível é de R$ 4,68. No Paraguai, sai a R$ 3,93 e, nos Estados Unidos, a mesma quantidade custa R$ 3,93.
Nós estamos ferrados. Não adianta dizerem que o preço é determinado pelo ICMS, porque não é. O que tem aqui é ganância e falta de ação da comunidade. Eu não vou me calar e não posso aceitar. Os salários estão congelados. O pessoal que trabalha na saúde e na educação, por exemplo, está há seis anos sem reajuste”, disse.
Recentemente, Chico Vigilante ingressou com uma representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a volta de preços abusivos de combustíveis praticados no DF. Para o parlamentar, há indícios de combinação de preços e formação de cartel.