Sesc-DF adquire 50 mil testes para Covid-19 por valor unitário de R$ 18
Os kits servirão para a testagem em massa dos comerciantes locais, já que medida é exigida para a retomada gradual das atividades econômicas
atualizado
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O Serviço Social do Comércio (Sesc-DF), braço de assistência social da Federação do Comércio (Fecomércio-DF), abriu disputa de preço e adquiriu 50 mil testes para Covid-19 pelo preço unitário de R$ 18. O lote foi comprado da empresa Bio Advance Diagnósticos e servirá para diagnosticar comerciários.
Com isso, a instituição vai desembolsar R$ 900 mil para a compra dos novos exames, já que a testagem é obrigatória para a retomada das atividades já permitidas no Distrito Federal. Cerca de 50 empresas participaram da concorrência
O modelo adquirido é o de detecção de anticorpos IgM/IgG contra o Sars-Cov-2. O processo está em fase de adjudicação.
Falso positivo
Os contratos firmados pela Saúde na capital federal se tornaram alvo de uma megaoperação deflagrada na última semana pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Segundo MP, há indícios de superfaturamento no valor de R$ 30 milhões em cima de contratos que somam R$ 73 milhões na compra de testes de Covid-19 .
Além do DF, buscas foram feitas e em sete estados: Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Bahia e Espírito Santo. A ação teve o apoio da Polícia Civil de cada região.
A compra, com dispensa de licitação, foi feita por servidores da Saúde do DF. Há indícios, segundo o Ministério Público, de que o grupo tenha trocado as marcas dos exames, usando um de baixa qualidade, comprometendo os diagnósticos, de acordo com a operação deflagrada nesta quinta (2/7).
Segundo o MPDFT, “há fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e ainda evidências de que marcas adquiridas seriam imprestáveis para a detecção eficiente de Covid-19 ou de baixa qualidade nessa detecção”. O somatório do valor das dispensas de licitação sob investigação supera o montante de R$ 73 milhões, dos quais R$ 30 milhões teriam sido sobrevalorizados. O processo corre em sigilo.
Leia a íntegra da nota emitida pela Secretaria de Saúde do DF mediante a operação Falso positivo
“Todos os testes comprados, recebidos através de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde tem o certificado da Anvisa e portanto foram testados e aprovados pelo órgão Federal.
Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas.
Até o momento, a Secretária de Saúde recebeu como doação 446 mil testes – 145.600 do Ministério da Saúde, 1000 da empresa Brasal e 300 mil da Receita Federal – e comprou 237 mil de cinco empresas concorrentes.
Quanto aos servidores alvo da ação, a Secretária informa que são profissionais que contam com toda confiança da instituição, farão suas defesas e continuarão exercendo suas funções, porque não há nada que desabone suas condutas, até o momento”.