Secretaria diz que greve da assistência social por vacina “penaliza a população”
A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF diz seguir cronograma de imunização e acusa grevistas de “falta de sensibilidade”
atualizado
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A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) criticou o movimento grevista dos servidores da assistência social cultural do DF. Por meio de nota emitida neste domingo (7/2), a pasta diz que a paralisação é descabida e “penaliza a população do DF, que já sofre com os efeitos da pandemia de Covid-19 no DF”.
No documento, assinado pela titular da pasta, Mayara Noronha Rocha, a Sedes diz que “pressionar pela vacinação, tentando alterar os critérios de prioridades elaborados pelo Ministério da Saúde, sem Secretaria de Saúde, demonstra falta de sensibilidade e empatia”.
Os servidores da assistência social entraram em greve na última quinta-feira (4/2). Eles reivindicam a inclusão da categoria na vacinação prioritária contra a Covid-19. Os trabalhadores estão lotados na Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), na Secretaria da Mulher e na Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), e contabilizam 1,5 mil pessoas.
Os profissionais fazem cadastro em programas sociais, como o Bolsa Família, e trabalham nas unidades de atendimento à população em situação de rua, por exemplo.
De acordo com o Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), 70% da categoria aderiu ao movimento.
Corte de ponto
No dia seguinte ao início do movimento grevista, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que não iria computar o horário de trabalho de servidores que aderiram à greve. A pasta orientou as chefias que informem, em folha de ponto, os profissionais que não comparecerem ao local de trabalho.
O presidente da entidade, Clayton Avelar, argumentou que essa é uma “greve pela vida”. “Não queremos perder mais colegas nossos. Não queremos que mais um trabalhador da assistência social se torne vetor de propagação da Covid-19”, disse Avelar.
Segundo o sindicalista, alguns servidores foram vacinados “não por atuarem na assistência social e, sim, por cuidarem de idosos, pessoas com deficiência ou comorbidades” – público que está na lista prioritária da vacinação contra a Covid-19.
“Continuamos, sim, fora do plano [distrital de imunização], mesmo atuando na linha de frente das ações contra a pandemia”, reclamou.