Rússia decide nesta quarta destino da vacina Sputnik V fabricada em Brasília
Nesta terça, o presidente do México sinalizou interesse em adquirir 24 milhões de doses da fórmula russa. Anvisa ainda não autorizou testes
atualizado
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O Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), responsável pelo financiamento da Sputnik V contra o novo coronavírus, decidirá nesta quarta-feira (13/1) o destino das vacinas fabricadas no Distrito Federal em parceria com a União Química. A reunião está marcada para ocorrer às 11h de Moscou (5 horas em Brasília).
A decisão ocorre após o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, declarar nesta terça-feira (12/1), a intenção do governo de adquirir 24 milhões de doses da vacina russa tão logo o órgão regulador sanitário do país autorize o uso emergencial.
“No momento em que for aprovada, temos a possibilidade de adquirir 24 milhões de doses. Como é uma vacina que requer duas aplicações, teríamos (o suficiente) para vacinar logo 12 milhões de pessoas”, disse o presidente durante coletiva de imprensa.
Contudo, para Rogério Rosso, diretor de negócios internacionais da União Química – responsável pela fabricação do imunizante no Brasil – a confirmação só se dará após o encontro dos financiadores russos.
“Esse encontro servirá para o planejamento da distribuição para a América Latina das doses fabricadas no Brasil. É bom que se diga que a Sputnik, prioritariamente, é fabricada para atender a demanda da Rússia e, após cumprida essa etapa, poderemos direcionar as doses para outras localidades”, explicou Rogério Rosso, o diretor de negócios internacionais da União Química, farmacêutica responsável pela fabricação do imunizante no Brasil.
Fabricação
Conforme o Metrópoles noticiou, a vacina Russa começará a ser fabricada no Distrito Federal a partir de sexta-feira (15/1). A previsão é chegar à produção de 8 milhões de doses por mês ainda no primeiro semestre de 2021. A União Química é uma das parceiras do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para produção da vacina Sputnik V no Brasil.
Em âmbito nacional, a União Química ainda aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os testes da fase 3 do imunizante. Outras fábricas já realizaram a fase exigida pelas autoridades sanitárias para a autorização emergencial do uso do produto.