Rodrigo Maia sobre agricultura natural: “Equilíbrio de recursos”
Presidente da Câmara dos Deputados homenageou os 25 anos de difusão do método que descarta adubos e agrotóxicos na produção do campo
atualizado
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A Câmara dos Deputados homenageou, em sessão solene realizada na terça-feira (03/12/2019), os 25 anos da difusão da agricultura natural no Brasil, idealizada pelo filósofo japonês Mokiti Okada. Na mesma solenidade, a Casa também reconheceu o trabalho de precursoras do movimento de combate ao uso de agrotóxico no país. A sessão foi requerida pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) e contou com a presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça Herman Benjamin.
“Esse método tem alcançado excelentes resultados na busca do equilíbrio entre preservação e uso dos recursos naturais. Muitos consumidores consideram esse fator importante antes de levar os alimentos à mesa. A Câmara dos Deputados reconhece o valor dessa iniciativa e a preocupação ambiental”, declarou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Já o ministro do STJ afirmou que estava na Casa “muito mais como consumidor e como partícipe desse movimento de preocupação com a saúde de todas as pessoas”. “A mensagem da filosofia da agricultura natural sempre foi de agregar uma preocupação profunda com a saúde e com o bem-estar das pessoas, incluindo os produtores dos alimentos. O benefício desses produtos não é apenas para quem consome, mas também para os produtores rurais”, declarou Herman Benjamin.
Representantes do movimento da agricultura natural também marcaram presença durante a sessão de homenagem. “Ofertamos produtos próprios e licenciados. Podemos dizer que até agora vivemos 25 anos de muitos desafios. Passamos por momentos difíceis, de descréditos. Apesar de tudo, nossa convicção nos levou até este momento solene”, agradeceu Jorge Miguel da Silva Albertos, diretor-presidente da Korin Agropecuária, que foi homenageada na sessão.
A empresa é referência no trabalho de combate aos pesticidas. A unidade produtiva na cidade de Ipeúna (SP) é considerada, desde 2015, a capital nacional da agricultura natural. No município, uma lei proíbe a pulverização de agrotóxico nas lavouras da região.
A Korin é hoje a maior produtora de empregos no setor agrícola da cidade e proíbe o uso de quaisquer componentes químicos para acelerar o processo artificial na produção de alimentos, entre verduras, legumes, hortaliças e até carnes brancas e vermelhas.
Liberação de agrotóxicos
A homenagem ocorre no momento que o Ministério da Agricultura liberou o registro de mais 57 defensivos agrícolas. A informação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) d do dia 27 de novembro de 2019. Já são 439 novos produtos cadastrados este ano, permanecendo como o maior ritmo de liberação da história. O número se aproxima dos 450 novos agrotóxicos autorizados em 2018, até então o maior da série histórica, iniciada em 2005.
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