Rede nacional de pessoas trans entra na briga pela campanha de Benett
Instituição publicou nota em defesa da ativista LGBT. Ela seria a primeira a concorrer, pelo DF, à Câmara dos Deputados, mas perdeu a vaga
atualizado
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Responsável por defender direitos humanos e cidadania de travestis e transexuais masculinos e femininos contra discriminações, a rede nacional RedTrans Brasil – sediada em Aracaju (SE) – publicou, na quarta-feira (8/8), nota de “solidariedade e clamor” pela manutenção da candidatura de Paula Benett (PSB) à Câmara dos Deputados. Ela seria a primeira mulher transexual a disputar uma cadeira no Congresso Nacional pelo Distrito Federal.
“Pedimos ainda que o PSB e os partidos Rede, PDT, PV e PCdoB, que fazem parte da nova coligação no DF, construam no diálogo para o entendimento que uma das 16 vagas tenha nesta coligação a representatividade e história de Paula Benett. Não basta apenas lutar para formalizarmos segmentos, temos que, na prática, fazer a inclusão de pessoas trans na política”, diz trecho da nota.
Benett foi rifada pelo PSB após o partido se coligar oficialmente com o PDT. Com a junção, as vagas para candidaturas tiveram de ser divididas entre as cinco siglas integrantes da chapa de reeleição de Rodrigo Rollemberg: PSB, PDT, Rede, PV e PCdoB. Das 16 vagas disponíveis para a coligação, a Rede possui sete nomes. O restante é dividido entre as quatro legendas.
Procurada pela coluna Janela Indiscreta, Paula Benett confirmou a penúria de tentar manter-se na corrida à Câmara dos Deputados. “Eu me sinto extremamente triste com a situação. Agradeço todas as mensagens de apoio que venho recebendo e, sinceramente, tenho a esperança de que partidos que se dizem inclusivos e falam sobre empoderamento trans façam isso na prática, abdicando de uma das 16 vagas na coligação. Só assim eu poderei concorrer, representando várias vozes excluídas da sociedade.”