Ramos sobre pedido de desculpas de Salles: “Intrigas não resolvem nada”
Clima havia azedado entre os dois após ministro do Meio Ambiente usar as redes sociais em desabafo
atualizado
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O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, repercutiu, neste domingo (25/10), o pedido de desculpas do colega e ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
“Uma boa conversa apazigua as diferenças. Intrigas não resolvem nada, muito menos quando envolvem questões relacionadas ao País. Eu e o ministro Ricardo Salles prosseguimos juntos em nome do nosso presidente Jair Bolsonaro e em prol do Brasil Bandeira do Brasil Bandeira do Brasil”, escreveu.
Antes, Salles havia informado, no próprio domingo, também pelo microblog, que havia pedido desculpas ao titular da Secretaria de Governo. Salles chegou a chamar o militar de “maria fofoca”.
“Conversei com o ministro Luiz Ramos, apresentei minhas desculpas pelo excesso e colocamos um ponto final disso. Estamos juntos no governo, pelo presidente Bolsonaro e pelo Brasil. Bom domingo a todos”, escreveu o ex-integrante do Partido Novo.
No sábado (24), o ministro já tinha dado sinais de que não levaria a troca de farpas adiante quando viu as reações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a favor de Ramos. Maia chegou a dizer que “o ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo”.
Assunto encerrado
“Para mim, este assunto está encerrado”, disse Salles, ao ser questionado sobre as declarações das duas lideranças do Congresso. Neste domingo, Ramos andou de moto com Bolsonaro e negou qualquer atrito com o colega.
As diferenças entre os dois ministros foram testemunhadas publicamente nos últimos dias. Ramos contou com o respaldo de membros do Centrão e da ala militar. Já Salles teve apoio da chamada ala ideológica do governo e do próprio filho do presidente e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Salles desconfia que Ramos estaria atuando nos bastidores para derrubá-lo do cargo. Após um encontro com os dois aliados, o chefe do Executivo atuou para pôr panos quentes nos desentendimentos.