“Queria que eu o agredisse”, diz Luis Miranda sobre Marcos do Val

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse, ao Metrópoles, o que motivou a confusão com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) durante intervalo de sessão da CPI da Covid. “Queria que eu perdesse a cabeça a agredisse ele”, disse o parlamentar.

Miranda relatou que a confusão teve início quando o senador o confrontou sobre reportagem do Fantástico, da Rede Globo, em que o deputado é acusado de aplicar golpes milionários nos Estados Unidos. Segundo a matéria, 25 pessoas disseram terem sido vítimas do suposto esquema.

“[Marcos do Val] disse que tocaria no assunto [reportagem do Fantástico] e eu falei: ‘Caso igual ao seu quando acusado de ser falso [agente] da Swat. E aí ele veio para cima de mim. Queria que eu perdesse a cabeça e agredisse ele”, explicou à coluna.

A confusão foi registrada em vídeo por pessoas que estavam na sala. Nas imagens, é possível ver que outros parlamentares precisaram apartar a briga entre as partes.

A gravação mostra uma “ombrada” de Marcos do Val e os senadores Humberto Costa (PT-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) separando a dupla.

Veja:

Cenas Lamentáveis:

Deputado Luís Miranda e senador Marcos do Val se empurraram durante o intervalo da #CPIdaCovid. Foram apartados pela turma do “deixa disso”. pic.twitter.com/CNJVgTVda2

— Metrópoles (de 🏠) (@Metropoles) June 25, 2021

Na volta aos depoimentos, Luís Miranda reclamou do briga. “Aqui mesmo, no intervalo. Sempre admirei o Marcos do Val e ele teve um descontrole comigo. Onde está a nossa história?”, disse.

Ânimos exaltados

A sessão que marca o depoimento do servidor público Luis Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), sobre denúncia de fraudes na importação da vacina da Covaxin, é marcada pela tensão e bate-boca entre parlamentares.

Mais cedo, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), precisou suspender a sessão por 10 minutos para conter os ânimos exaltados.

Irmãos Miranda

Luís Ricardo foi convidado após a CPI ter acesso ao depoimento dele à MPF, que investiga supostas irregularidades nas negociações relativas ao imunizante. O servidor disse ter sofrido pressão atípica de superiores e que membros do governo federal articulação junto à Anvisa pela vacina.

O parlamentar, por sua vez, colocou-se à disposição da comissão para prestar depoimento junto ao irmão, alegando ter mais informações sobre o caso. Os irmãos disseram também que alertaram o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas envolvendo a transação.

Com o depoimento deles, senadores avaliam que a CPI está entrando numa nova fase, que investiga corrupção na aquisição de vacinas.