Prudente defende acordo coletivo para Iges-DF: “Vamos correr atrás”
Presidente da CLDF esteve reunido com sindicatos e funcionários do instituto, que estão sem respaldo trabalhista desde agosto de 2020
atualizado
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O presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Rafael Prudente (MDB), defendeu, nesta quinta-feira (10/02), a assinatura de um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para os funcionários do Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges-DF).
O deputado distrital esteve reunido na instituição durante um café da manhã com a presença de representantes do Sindicato dos Funcionários de Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde) e do Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal (SindEnfermeiro).
De acordo com as entidades sindicais, o Iges-DF não tem acordo coletivo desde agosto de 2020. O documento respalda os funcionários e evita prejuízos sofridos pela falta de referência para que os trabalhadores exerçam direitos, assim como as chefias estarem respaldadas para concedê-los.
“Eu não sou de ficar fazendo promessa de que vou conseguir, mas eu vim aqui dar minha palavra para cada um de vocês que, a partir deste instante, eu vou pegar esses processos debaixo do braço e nós vamos correr atrás, vamos buscar orçamento, vamos buscar para que o pleito de vocês seja atendido”, disse.
Prudente garantiu que, enquanto não consegue mais recursos para garantir os benefícios aos funcionários, vai trabalhar para que outras reivindicações já saiam do papel.
“Alguns avanços não têm impacto orçamentário e [a presidente do Iges-DF] me adiantou aqui que vai trabalhar para ajustar todos os pontos que vocês estão pedindo, vai estar do lado de vocês, juntamente comigo, juntamente com o sindicato, juntamente com cada um de vocês”, continuou.
Sindicato quer criação de acordo coletivo para funcionários do Iges-DF
Soluções financeiras
Também presente na reunião, a presidente interina do Iges-DF, Mariela de Jesus disse estar sensível à causa e prometeu dialogar e tentar encontrar soluções financeiras, com ajuda da CLDF, para conseguir atender os pedidos dos funcionários.
“Não adianta prometer sem ter de onde tirar. Sabemos as dificuldades e volume de trabalho de cada um que está dando a vida para cuidar de outras vidas. E queremos reconhecer. E reconhecer não pode ser só agradecer, precisamos do retorno financeiro”, ressaltou.
Para a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, a assinatura do Acordo Coletivo é a certeza do funcionário de que os seus direitos estão protegidos e serão executados.
Segundo ela, o texto da minuta ainda está em negociação por ambas as partes e só estará valendo após a celebração com assinatura da direção do Iges-DF e do sindicato.
“O que se faz aqui hoje não é uma luta ideológica, mas respeito ao trabalhador, seja ele da rede pública ou privada. O Iges-DF existe de fato e é formado por homens e mulheres que salvam vidas todos os dias. Este reconhecimento precisa ser cristalizado no Acordo coletivo de trabalho”, defendeu.
A presidente do SindEnfermeiro, Dayse Amarílio, ressalta que a unidade, agora, é primordial para que o acordo saia da discussão e se torne um documento efetivo.
“Ele é o reconhecimento de que estamos vendo o que o trabalhador já passou e está passando dentro das unidades e reconhecê-lo. Precisamos dele o mais rápido possível para dar mais estabilidade e dignidade aos trabalhadores do Iges”