Promotora que arquivou denúncia de “cura gay” faz apologia ao nazismo nas redes sociais
Marya Olímpia Ribeiro Pacheco, da 10ª Promotoria Criminal do MPDFT, publicou conteúdo em 2016 e manteve homenagens a Hitler no Facebook
atualizado
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Uma promotora do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) usou as redes sociais para propagar conteúdo nazista de apoio ao regime criado por Adolf Hitler.
Marya Olímpia Ribeiro Pacheco já havia ficado conhecida por ter arquivado a denúncia contra um professor que prometia a chamada “cura gay”. Ela integra a 10ª Promotoria de Justiça Criminal. O relatório do órgão de controle classifica a promoção da cura para a homossexualidade, que é proibida pelo Conselho Federal de Psicologia, como liberdade de expressão. A promotora que assina o parecer tem, ela própria, posts com termos LGBTfóbicos nas redes sociais.
Nazismo
O conteúdo criminoso, que rende reclusão de até três anos, estava disponível na página pessoal da promotora, no Facebook, desde 2016. O perfil da conta passou a ser restrito após a revelação do caso.
Em uma das imagens, há menção ao “Führer” (chefe, em português) e como os seguidores chamavam Hitler durante o regime.
O nazismo foi a corrente política surgida na Alemanha no final da década de 1910 e início da década de 1920 como uma das principais expressões do fascismo europeu. O regime construiu um Estado totalitário na Alemanha na década de 1930, o que resultou na II Guerra Mundial.
O poder aos nazistas abriu caminho para a militarização da sociedade e o investimento na indústria bélica. A ação nazista resultou no extermínio de milhões de pessoas, notadamente no holocausto judeu e nas ações violentas no leste europeu.
O Ministério Público não comenta sobre conteúdos produzidos por promotores e servidores para redes sociais pessoais.