Preso na Lava Jato, dono do Alub passa a atrasar aluguéis de prédios
Relatos feitos ao Metrópoles afirmam que, pela primeira vez, demora no repasse ocorre. Proprietários relacionam problema com operação Rizare
atualizado
Compartilhar notícia
Os proprietários dos imóveis alugados pelo Alub estão apreensivos com a prisão do dono do grupo, Arthur Mário Pinheiro Machado. Ele foi alvo da Operação Rizoma, desdobramento da Lava Jato, e está encarcerado desde o último dia 12. Empresários relataram à coluna que, mesmo com o afastamento do investigado do comando do grupo educacional, ao menos dois prédios em regiões diferentes no Distrito Federal estão com os repasses atrasados, coincidentemente desde a detenção.
Em nenhum dos casos confirmados pelo Metrópoles a demora no pagamento ultrapassa os 30 dias contratuais. No entanto, acende uma luz amarela, visto que os relatos garantem que a empresa sempre cumpriu rigorosamente a data de vencimento. “A maior preocupação é que essa operação pode refletir em mim, nos professores e funcionários, que não temos nada a ver com isso. Somos trabalhadores e dependemos dessa renda para tocar nossa vida”, explicou um dos prejudicados pelo atraso que preferiu não se identificar.
Pinheiro foi preso preventivamente pela Polícia Federal, que investiga crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção por meio de fraudes nos fundos de pensão dos Correios, o Postalis, e Serpros. Machado possui várias empresas e holdings no país. De acordo com informações da força-tarefa da Lava Jato, o esquema gerou pelo menos R$ 20 milhões em propinas. O dono do Alub seria o cabeça e a prática, que vigora ao menos desde 2011, segundo o Ministério Público Federal, foi descoberta em colaboração premiada espontânea.Procurada, a assessoria de imprensa do Alub informou, em nota, que a nova configuração do sistema do grupo ocasionou os atrasos. “A normalização do sistema e a regularização dos pagamentos devem ocorrer nos próximos dias”.