Presidente da CDL sobre estender quarentena: “Desanimador, mas necessário”
José Carlos Magalhães Pinto esteve com o governador nesta quinta-feira (30/04) e concordou com o adiamento das medidas restritivas
atualizado
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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-DF), José Carlos Magalhães Pinto, afirmou nesta quinta-feira (30/04) ter recebido como um “balde de água fria” o anúncio do governador Ibaneis Rocha (MDB) de estender as medidas restritivas para conter o coronavírus no Distrito Federal até, pelo menos, o dia 11 de maio. Contudo o representante dos comerciantes locais ponderou que, embora “desanimadora”, a medida se faz necessária para “resguardar as vidas dos brasilienses”.
Magalhães Pinto esteve em reunião com o titular do Palácio do Buriti na sede do Executivo local na manhã desta quinta-feira. Segundo ele, o emedebista explicou a decisão tomada com auxílio de números estatísticos e de pareceres técnicos da área de saúde ao solicitar mais paciência ao setor econômico, que amarga prejuízos “incalculáveis”, conforme classificou o presidente da CDL. Pelo relato, o governador também reconheceu a necessidade de esperar a decisão judicial da ação que pede explicações sobre a reabertura gradual das atividades no DF.
“Estamos confortáveis porque o DF, se comparado a outros estados, está numa situação muito melhor. Temos uma das menores incidências da doença, mas fomos convencidos de que ainda não é a hora. Além da ação judicial que está em curso, o governador sinalizou que ainda não está totalmente seguro sobre a retomada do comércio local e, só por isso, já é preciso cautela. Concordamos com ele”, completou.
Prioridades
Segundo José Carlos Magalhães Pinto, que esteve ao lado de representantes da Federação do Comércio (Fecomércio), e Federação das Indústrias (Fibra), embora o cenário seja desfavorável para os empresários, a segurança e a saúde precisam sempre estar em primeiro lugar. Ele também elogiou a interlocução do governo com o setor econômico.
“Se você tem um ente querido doente, e você tem uma chance de salvá-lo, todos nós faremos o possível para encontrar a cura: faríamos empréstimos, venderíamos o patrimônio, tudo para não perder quem nos é caro. A decisão de agora do governo pode ser comparada com isso: estamos salvando vidas. É uma preocupação e um dever de todos nós”, frisou.
Sobre os prejuízos estimados até agora, o representante dos cinco mil lojistas afirmou ser incalculável. “Só conseguiremos saber exatamente o impacto da pandemia no nosso segmento daqui a três ou quatro meses, quando a situação já estiver se normalizando. Por enquanto, o nosso único cálculo é com as vidas humanas.”