metropoles.com

Pré-candidata trans do DF é xingada na internet: “Mulher de próstata”

Paula Benett foi vítima do crime durante a semana internacional da visibilidade trans. Polícia Civil investiga o caso transfóbico

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
paula benett
1 de 1 paula benett - Foto: Divulgação

Uma pré-candidata trans ao Congresso Nacional sofreu ataques preconceituosos após anunciar a decisão política ao Metrópoles. O caso ocorre na semana internacional pela visibilidade trans.

Paula Benett (PSB) é ativista de direitos humanos e assistente social. É a segunda vez que a mineira de Miraí disputa um cargo eletivo.

Além de Paula, outras mulheres trans que também decidiram ingressar na vida pública foram alvos dos ataques de haters, termo dado a internautas que miram um assunto ou uma pessoa específica e começam a agredir verbalmente pelo mundo virtual.

A vereadora Erika Hilton (PSol), Érica Malunguinho, Robeyonce Lima e a ex BBB Ariadna Arantes, todas pré-candidatas ao Congresso Nacional, foram vítimas dos ataques.

“Mulheres estão perdendo suas vagas na disputa eleitoral para portadoras de próstata”, registrou um dos perfis nas redes sociais. Outros comentários foram registrados na própria página da reportagem sobre a candidatura da assistente social.

O caso foi denunciado para à Polícia Civil (PCDF) e está sendo investigado pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin).

“Eu me senti indignada com a situação e muito triste, porque não faço mal a ninguém. Apenas anunciei a minha pré-candidatura, que é um direito meu como cidadã brasileira. Os comentários foram muito cruéis e de cunho transfóbico. Violentaram o meu gênero com o intuito de me intimidar e fazer desistir”, desabafou a pré-candidata ao Metrópoles.

4 imagens
Paula Benett é filiada ao PSB e pretende ser a primeira transexual de gênero feminino a ocupar uma cadeira pelo DF na Câmara dos Deputados
Paula Benett estava no GDF há sete anos
Em 2018, a socialista disputou uma cadeira da Câmara Legislativa
1 de 4

Paula Benett é especialista em políticas públicas para a população LGBTQIA+

Acervo/OAB-DF
2 de 4

Paula Benett é filiada ao PSB e pretende ser a primeira transexual de gênero feminino a ocupar uma cadeira pelo DF na Câmara dos Deputados

Arquivo Pessoal
3 de 4

Paula Benett estava no GDF há sete anos

Divulgação
4 de 4

Em 2018, a socialista disputou uma cadeira da Câmara Legislativa

Divulgação
Persistência

Em 2018, ela pretendia concorrer à Câmara dos Deputados, mas arranjos internos na sigla empurraram sua candidatura para a Câmara Legislativa (CLDF). A militante não chegou a ser eleita.

Mesmo com os constantes ataques transfóbicos, Paula Benett reconhece a importância da representatividade em ambientes de poder.

“Eu sei que não nos querem nesses espaços e fazem de tudo para impedir. Mas eu não posso desistir, pois muitas pessoas precisam de mim e eu tenho consciência que carrego várias delas comigo. Apesar de ser assistente social, de ajudar pessoas que sofrem diariamente violência, eu não sou uma máquina, eu sou um ser humano e senti muito. Mas vou até o fim porque precisamos continuar”, disse.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?