Possível fusão entre PSL e DEM afeta tabuleiro político rumo ao Buriti
Com tratativas avançadas, a nova sigla deverá abrigar políticos com posicionamentos divergentes, o que pode gerar uma debandada geral
atualizado
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A fusão entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM) atingirá diretamente as costuras realizadas, até então, nos bastidores políticos para a disputa pelo Palácio do Buriti, sede do Governo do Distrito Federal (GDF).
Atualmente, políticos com alinhamentos distintos integram as duas siglas. É o caso da deputada federal Bia Kicis (PSL), uma das principais defensoras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional.
Por outro lado, o Democratas de ACM Neto tem em seus quadros o deputado federal Luis Miranda, responsável por escancarar uma das principais denúncias contra o governo bolsonarista e que é investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
Recentemente, o deputado distrital Eduardo Pedrosa também ingressou nas fileiras da regional partidária comandada pelo ex-deputado federal Alberto Fraga, amigo de longas datas de Bolsonaro e adversário declarado do atual governador Ibaneis Rocha (MDB).
Uma eventual aliança eleitoral entre o emedebista e a ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda (PL), ameaça o histórico alinhamento entre o DEM e a base arrudista.
Fusão
A união entre os dois partidos tem o propósito de criar a maior bancada do Congresso Nacional. Contudo, a junção, assim como no recorte da capital federal, traz incertezas em mandatários de todo o país.
Principal berço do bolsonarismo, o PSL tem cerca da metade dos políticos eleitos fiéis ao titular do Palácio do Planalto e, a depender do partido a ser escolhido pelo possível candidato à reeleição, vai resultar numa debandada da nova legenda.