Por falta de médico, servidora apanha de paciente em UBS da Ceilândia
A técnica de enfermagem Débora Evelin estava atendendo na UBS 9 (P Sul) e levou socos após informar não haver psiquiatra na unidade
atualizado
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Uma servidora da Secretaria de Saúde foi agredida, nesta quarta-feira (22/6), após informar para uma paciente que não havia médico para trocar uma receita na Unidade Básica de Saúde 9 (UBS) de Ceilândia, localizada no P Sul.
A técnica de enfermagem Débora Evelin, 35 anos, atuava na triagem da unidade e acabou levando socos de uma mulher, de 52, após informar que não haveria psiquiatra para assinar receita de psicotrópico.
“Eu estava atendendo e aí chegou essa paciente, gritando, acho que já chegou em surto. Ela pedia para trocar a receita, mas eu falei que não tinha como trocar essa receita agora, porque não havia psiquiatra. Mas ela falou: ‘Você vai trocar’. Eu estava de cabeça baixa e, quando levantei o rosto, ela já veio com um monte de soco em mim, acho que ela estava com alguma coisa na mão”, relatou (veja o vídeo abaixo).
“Quando falaram que chamaram a polícia, ela fugiu. Não conseguiram segurar ela. Mas ela estava gritando muito dentro da UBS”, continuou
O caso é investigado pela 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) e a agressora já foi identificada, embora tenha fugido do local após o crime de lesão corporal.
Débora foi encaminhada para realizar exames no Instituto Médico Legal (IML).
Veja o vídeo:
Outro caso
Segundo Debora Evelin, outra colega da Secretaria de Saúde também sofreu agressão, na segunda-feira (20/6), por um paciente e por motivos parecidos. Ambas se encontraram na unidade policial de Ceilândia.
Essa ocorrência também foi registrada na 23ª DP e a servidora acabou precisando imobilizar o braço machucado.
Procurada, a Secretaria de Saúde confirmou ter sido notificada sobre o caso e afirmou que a profissional foi atendida na própria unidade e orientada a registrar um Boletim de Ocorrência.
“A pasta repudia atos de violência e ressalta que desacato a servidor público no desempenho de suas funções pode configurar crime, previsto no código penal”.
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