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Pesquisa da UnB indica que pandemia regride “em ritmo menor” no DF

De acordo com os dados do PrEpidemia, em pelo menos seis cidades, houve crescimento moderado das infecções pelo novo coronavírus

atualizado

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Uma recente pesquisa elaborada pela Universidade de Brasília (UnB) indica que a pandemia do novo coronavírus continua regredindo, “porém, em ritmo menor” no Distrito Federal.  O novo estudo da série que se iniciou em maio foi divulgado nesta quarta-feira (14/10).

Segundo os pesquisadores do PrEpidemia, observatório que tem como objetivo subsidiar os gestores públicos no monitoramento espacial da disseminação do Sars-Cov-2,  as regiões administrativas de Itapoã, SCIA, Sobradinho 2, Paranoá, Pôr do Sol e Varjão registraram número de reprodução acima de 01, o que indica crescimento da epidemia nesses locais. Nas demais cidades, a tendência de estabilidade foi mantida.

Com referência em 12 de outubro, o valor estimado de reprodução do vírus foi de 0,94, o que está acima do esperado para a data, que seria abaixo de 0,90. No penúltimo boletim, o número estimado foi de 0,88, subindo para 0,92, no último boletim, e, agora, 0,94, o que indica, no período de um mês, um aumento leve, mas consistente dos casos da doença.

Isso indica que cada 100 infectados, em média, passam a doença para outras 94 pessoas durante o período de infecção. Para comparação, em 14 de setembro, 100 doentes contaminavam, em média, 88 pessoas.

“O valor de R(t) depende da proporção de indivíduos suscetíveis a contrair a doença. Essa taxa vem se alterando em razão da evolução da epidemia. De fato, R(t) é 1 no pico de infectados. Com isso, podemos afirmar que a pandemia no DF atravessou o seu pico. Nota-se que alterações significativas nas interações sociais podem gerar um aumento de R(t) e consequente alteração na data do pico de infectados”, registra o documento.

O R(t) é a taxa de disseminação da doença, ou a capacidade que um infectado tem de transmitir o vírus para uma certa quantidade de pessoas suscetíveis a contrair a doença. Quando o índice chega a 1 quer dizer que 100 pessoas transmitem o vírus para outras 100.

O boletim é organizado por um grupo de 26 pesquisadores que integram equipe multidisciplinar de especialistas de áreas como matemática, farmácia, engenharia elétrica, gestão ambiental, estatística, ciências biológicas, educação e outras.

 

Veja o documento:

Enfrentamento

Segundo os pesquisadores, o governo local precisa buscar maior eficiência e efetividade nas ações de enfrentamento à Covid-19. Os cientistas avaliam considerar algumas medidas, antes de o Poder Público local promover novas flexibilizações ou contenções.

Para os estudiosos, investir em inteligência epidemiológica e inteligência geográfica seria uma alternativa benéfica, além de manter as atividades educativas a fim de conscientizar a população sobre a importância da manutenção do isolamento social, das medidas de higiene e de uso adequado de máscaras.

“Ressalta-se que o distanciamento social não é a única medida efetiva de controle da epidemia. Todavia, é um bom indicador da eficácia das medidas adotadas até então, já que a base da estratégia adotada pelo governo no período considerado foi o distanciamento social”, registra.

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