Perdeu a votação? Veja o placar dos deputados do DF sobre voto impresso
Proposta da deputada Bia Kicis foi rejeitada pelo plenário da Câmara após já ter sido derrotada na comissão especial sobre o tema
atualizado
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Dos oito integrantes da bancada do Distrito Federal na Câmara dos Deputados, quatro parlamentares apoiaram a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que previa a mudança do sistema eleitoral defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e outros três foram contrários aos argumentos de possível fraude nas urnas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O relatório acabou sendo derrotado por um total de 229 votos favoráveis e 218 contrários. Por propor alteração na Carta Magna, a votação necessitaria de três quintos (3/5) do total de deputados. Como não foram obtidos os 308 votos favoráveis necessários, o texto será arquivado.
Entre os favoráveis e que foram derrotados estão as deputadas Bia Kicis (PSL) – que é autora da PEC –, Paula Belmonte (Cidadania), além de Celina Leão (PP). Representante da Igreja Universal do Reino de Deus, Julio Cesar Ribeiro (Republicanos), também endossou a mudança.
Por outro lado, os deputados Professor Israel Batista (PV), Luis Miranda (DEM), além das deputadas Erika Kokay (PT) e Celina Leão (PP), decidiram de forma contrária à bandeira bolsonarista.
Veja o placar:
Histórico
Por 218 votos contrários e 229 votos a favor, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (10/8), em votação de primeiro turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a adoção do voto impresso.
Para tentar reverter votos em Plenário, a autora da PEC, deputada Bia Kicis (PSL-DF), pediu para que seus colegas deputados não encarassem a proposta como um desejo pessoal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e sim do eleitor brasileiro. A fala da deputada reconheceu que a defesa do voto impresso feita pelo presidente só prejudicou o andamento da matéria.
“O rumo o debate foi completamente desvirtuado”, reclamou a deputada. “Essa não é a PEC do presidente Bolsonaro. Essa não é a minha PEC. Por isso eu gostaria de despolitizar essa discussão”, propôs.
O presidente usou a questão para atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, defensor das urnas eletrônicas.
A proposta já havia sido derrotada em comissão especial, mas o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu levar o texto para análise do plenário, mas sem sucesso.