PDT se declara contra a aprovação da Reforma da Previdência no DF
Em nota divulgada nesta quinta (31/8), o partido ressaltou que as mudanças não resolvem os problemas do GDF e tiram autonomia do instituto
atualizado
Compartilhar notícia
O PDT tem dado demonstrações de independência do Palácio do Buriti nos últimos dias. Na mesma semana em que a legenda se comprometeu a “construir uma alternativa” para disputar cargos majoritários, como o de governador, em 2018, redigiu uma nota contra a aprovação imediata da reformulação da Previdência dos servidores do GDF.
Em nota assinada pelo presidente regional da legenda, Georges Michel, o partido do presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, e do distrital Reginaldo Veras afirmou que “entende ser prudente a realização de maiores debates públicos, com a participação dos sindicatos representativo de categorias envolvidas, dos próprios servidores afetados pela modificação pretendida”.
Sob forte pressão de Rodrigo Rollemberg (PSB) para aprovar a medida na Casa na próxima semana, 13 deputados se declararam a favor da reforma — exatamente o número de votos necessários para aprovar a lei.
As mudanças preveem a junção de fundos do Instituto de Previdência dos Servidores do DF (Iprev) e limitação das futuras aposentadorias ao teto do INSS, hoje em R$ 5,5 mil. As novidades ainda incluem a criação um fundo de previdência complementar.
No documento, o PDT afirma que o PLC n° 122/2017 “não resolverá o problema da folha de pagamento dos aposentados a médio e longo prazo e que o texto modifica a natureza da direção do Iprev para torná-lo fundação de direito privado. Dessa forma, seria esvaziada a influência decisória dos próprios servidores, que hoje contam com representantes no Conselho Administrativo do instituto”.
Um rompimento entre o PDT e o PSB de Rollemberg é cogitado há meses. Resta saber se o partido de Joe Valle vai querer abrir mão das centenas de cargos que tem na administração do atual governo.