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Partidos da base de Ibaneis saem vitoriosos no 2º turno de olho em 2022

Agremiações consideradas do Centrão, incluindo o MDB do governador do DF, venceram na maior parte das cidades nesse domingo (29/11)

atualizado

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Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 20208
1 de 1 Funcionários do TRE preparam urnas eletrônicas para o dia das eleições de 20208 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O resultado do segundo turno das eleições municipais, divulgado na noite desse domingo (29/11), reforçaram o que o primeiro turno já havia antecipado: o Centrão se sagrou vencedor na maior parte das capitais e dos grandes centros urbanos do país. Nem a esquerda tampouco a extrema direita tiveram o reconhecimento dos eleitores, que optaram, na média nacional, por nomes que transitam entre as duas alas ideológicas.

Em Brasília, a maior parte desses partidos integra a base de apoio ao governador Ibaneis Rocha (MDB). Além do próprio MDB, sigla pela qual o chefe do Executivo foi eleito em 2018, há ainda agremiações como o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), o Partido Social Democrático (PSD) e Progressistas (PP), as quais tiveram destaque após a apuração das urnas, de acordo com a Justiça Eleitoral.

“De 12 cidades que o MDB estava no segundo turno, o partido ganhou em 10. Isso só aumenta nossa responsabilidade. Viva a democracia”, comemorou o presidente nacional da legenda, deputado federal Baleia Rossi (SP), pelo Twitter.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido de Ibaneis elegeu cinco prefeitos de capitais. O número supera o resultado dos tucanos, que, em 2016, foram consagrados vitoriosos em sete capitais. As siglas DEM e PSDB empatam no segundo lugar, com quatro prefeitos cada um. PDT, PSD e PP conquistaram duas capitais cada.

Embora não reflita de forma fiel um eventual cenário no Distrito Federal daqui a dois anos, o resultado das urnas sinaliza, apesar do alto número de abstenções, que o eleitorado brasileiro descartou nomes considerados fortes, mas que carregam o estigma de uma bandeira extremista.

Para se ter ideia, das 15 cidades em que disputava o 2º turno, o Partido dos Trabalhadores (PT) foi derrotado em 11. A legenda só conseguiu eleger os prefeitos de Juiz de Fora (MG), Contagem (MG), Diadema (SP) e Mauá (SP).

Entre as legendas que integram a esquerda ideológica, houve também fracassos do Partido Socialismo e Liberdade (PSol), que, mesmo com as pesquisas indicando chances reais de vitória em São Paulo – com Guilherme Boulos – e em Porto Alegre – com Manuela d’Ávila –, a sigla acabou frustrada na tentativa de comandar duas das principais capitais do país.

Apenas em Belém, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSol) foi anunciado como vencedor por ter recebido 51,76% dos votos válidos. Somente o PDT, do ex-presidenciável Ciro Gomes, e o PSB se saíram bem com os resultados desse domingo.

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Eduardo Paes (DEM) venceu no Rio de Janeiro
Ex-deputada federal Manuela D'Ávila
Ex-presidenciável Guilherme Boulos aparece na varanda e agradece a apoiadores.
Maguito Vilela (MDB) foi eleito prefeito de Goiânia, mesmo internado em SP por Covid-19
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Bruno Covas (PSDB) foi eleito em São Paulo

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Eduardo Paes (DEM) venceu no Rio de Janeiro

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Ex-deputada federal Manuela D'Ávila

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Ex-presidenciável Guilherme Boulos aparece na varanda e agradece a apoiadores.

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Maguito Vilela (MDB) foi eleito prefeito de Goiânia, mesmo internado em SP por Covid-19

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Extrema direita

Por outro lado, os candidatos de extrema direita, apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acabaram com resultado negativo, de acordo com informações da Justiça Eleitoral.

O panorama mais emblemático foi registrado na cidade do Rio de Janeiro, colégio eleitoral do titular do Palácio do Planalto, o qual decidiu nas urnas não conceder mais um mandato ao atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que tentava a reeleição. O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), apoiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), foi eleito com mais de 64% dos votos válidos.

Para ilustrar, no primeiro turno (15/11), Gustavo Nunes (PSL) venceu a disputa pela prefeitura de Ipatinga (MG). Além dele, Mão Santa (DEM), em Parnaíba (PI), também levou a maior parte dos votos. Para o segundo turno, nenhum saiu vitorioso. Além de Crivella, no Rio, Capitão Wagner (Pros) não se elegeu em Fortaleza.

Nas redondezas da capital federal, o candidato Maguito Vilela (MDB) venceu o postulante do DEM à Prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso, mesmo sem ter participado ativamente da campanha. O emedebista está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após complicações da Covid-19. Inconsciente, ele ainda não soube do resultado apontado pelo TSE.

Partido do vice-governador, Paco Britto, o Avante venceu nas duas cidades em que disputou o segundo turno das eleições. No caso de Manaus, a capital do Amazonas elegeu David Almeida com 51,27% dos votos. Em segundo lugar, ficou Amazonino Mendes, nome tradicional da região, filiado ao Podemos. Ele terminou a campanha com 48,73% dos votos.

Neto de um dos nomes mais tradicionais da política paulistana, Bruno Covas (PSDB) foi reeleito para a Prefeitura de São Paulo, com 59,45% dos votos válidos, e deu um estímulo à possível candidatura do governador do estado, o tucano João Doria, para as eleições de 2020.

Sem esconder a intenção de concorrer ao cargo mais alto do país, o titular do Palácio dos Bandeirantes ganha novo fôlego para assumir o papel do antagonista do presidente Jair Bolsonaro. A escolha do possível vice deve orbitar dentro dessas legendas aliadas, as quais apresentaram bom desempenho no segundo turno das eleições municipais.

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