Nem esquerda, nem direita: Centrão leva a melhor nas prefeituras do Entorno
Partidos que figuram no meio do pêndulo ideológico venceram em 29 dos 33 municípios adjacentes ao DF. PSL garantiu uma e o PT, nenhuma delas
atualizado
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Composta por 33 municípios localizados em Goiás e Minas Gerais, a Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal (Ride) será comandada, em sua grande maioria, por prefeitos filiados a partidos políticos que integram o chamado Centrão.
Na maior parte dos casos, os eleitores rechaçaram candidaturas consideradas extremistas, tanto da direita quanto da esquerda, e optaram por nomes que transitam entre as duas alas ideológicas.
Para se ter ideia, o Democratas (DEM) – partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), e do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, – conseguiu vencer em 13 cidades da região adjacente à capital da República, incluindo em Luziânia (GO), uma das mais importantes da vizinhança distrital.
Na sequência das siglas mais vitoriosas, o Progressistas (PP) elegeu outros quatro candidatos às prefeituras do Entorno. O Podemos (Pode) e o Partido Liberal (PL) venceram em três cidades cada. Já o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido do governador Ibaneis Rocha (MDB), alcançou a vitória em duas localidades.
Extremistas
Legenda que elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Partido Social Liberal (PSL) ainda mantém em seus quadros defensores de ideias mais conservadoras. Apesar da força de aliados, a sigla conseguiu eleger – e de forma apertada – apenas um prefeito: o delegado Cristiomário, na cidade de Planaltina de Goiás.
Já as agremiações consideradas de esquerda, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSol), não emplacaram candidatos vitoriosos nas chefias do Executivo nas 33 cidades do Entorno do DF.
Tido como de esquerda, o quilombola Vilmar Kalunga foi um dos únicos com esse viés ideológico a ser eleito. Ele é do Partido Socialista Brasileiro (PSB), mesma agremiação do ex-governador Rodrigo Rollemberg. Já o Partido Democrático Trabalhista (PDT) conquistou duas prefeituras com nomes mais alinhados à esquerda democrática.
Cenário nacional
O cenário nas cidades que circundam a capital federal se assemelha ao resultado revelado nas eleições de domingo (15/11) em todo o Brasil. Para se ter ideia, embora tenha perdido espaço se comparado com o pleito de 2016, o MDB conseguiu se manter como o partido com maior número de prefeitos no país.
No total, a sigla elegeu 766 prefeitos, 278 a menos que nas eleições municipais passadas. Já o PP ocupa o segundo lugar, com 672 gestores municipais, 177 a mais que na última votação.
Em terceiro, o DEM saiu de 266, em 2016, para 458 prefeitos neste novo pleito e se firmou como a sigla que mais elegeu chefes do Executivo municipal nas eleições de domingo.