metropoles.com

MPF recorre da decisão que libera flexibilização do comércio no DF

No agravo, procurador regional Ubiratan Cazetta alerta para perigo de dano por retomada de atividades não essenciais na pandemia da Covid-19

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Antonio Augusto / Secom / PGR
MPF
1 de 1 MPF - Foto: Antonio Augusto / Secom / PGR

A Procuradoria Regional da República da 1ª Região (PRR1) decidiu, nesta sexta-feira (26/06), recorrer da recente decisão que suspendeu a liminar que impedia o Governo do Distrito Federal (GDF) de promover a reabertura de atividades não essenciais diante da pandemia do novo coronavírus.

Após avaliação dos procuradores, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso para a reconsideração de decisão monocrática do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A argumentação é de que “as decisões da autoridade estatal sejam embasadas em estudos técnico-científicos, além de buscar maior transparência às ações”.

Na primeira instância da Justiça Federal, a liminar concedida pela juíza federal Kátia Balbino atendia o pedido formulado pelo MPF, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Contudo, o desembargador federal Ítalo Fioravanti Sabo Mendes derrubou o entendimento da magistrada ao reconhecer que a liberação ou não das atividades é de responsabilidade do Poder Executivo local.

Agravo

No agravo de instrumento, o procurador regional da República Ubiratan Cazetta reforçou o cenário alarmante que o Distrito Federal tem enfrentado, em especial pelo crescimento da infecção de novos indivíduos, do número de mortos e a sobrecarga do sistema hospitalar “em oposição às recentes medidas de flexibilização propostas pelo governo local”.

“Se os números demonstram, com clareza, até com certo grau de crueza, que as medidas adotadas mostraram-se não apenas insuficientes, mas, em verdade, incentivadoras de uma postura da população que aumenta o risco à saúde, descumprindo até mesmo os estudos produzidos pela área técnica do GDF, o que impede o controle jurisdicional?”, questiona o procurador.

Segundo Cazetta, a retomada das atividades econômicas eleva o risco para a população de baixa renda. Para ele, é preciso “reconhecer que a flexibilização das medidas protetivas expõe a risco, em primeiro e maior grau, exatamente aquela população a que se pretende, supostamente, proteger”.

No pedido, o MPF reafirma o posicionamento, “com base nos princípios da prevenção, da precaução e da juridicidade, que o Distrito Federal se abstenha de adotar qualquer medida que autorize o funcionamento de atividades não essenciais, enquanto durar o estado de emergência de saúde pública decorrente da pandemia, sem a prévia apresentação de justificativas embasadas em estudos técnico-científicos e de cenários sobre estratégias de saúde no DF”.

Enquanto mais esse recurso não é apreciado, o setor produtivo mantém a expectativa de que novas atividades sejam liberadas no DF nos próximos dias.

Confira fotos de protestos realizados pelo empresariado, pela liberação das atividades: 

12 imagens
Donos de academia também participaram do protesto
Donos de bares, restaurantes, academias e salões de beleza pedem a reabertura o mais rápido possível
Um jogo de tênis improvisado foi montado para mostrar a importância da atividade física
Eles concordam com a atitude do governador Ibaneis Rocha de flexibilizar a abertura do comércio
Quarenta academias fecham e 4,5 mil pessoas são demitidas no DF
1 de 12

Cerca de 600 pessoas participam do ato, segundo os organizadores

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 12

Donos de academia também participaram do protesto

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 12

Donos de bares, restaurantes, academias e salões de beleza pedem a reabertura o mais rápido possível

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 12

Um jogo de tênis improvisado foi montado para mostrar a importância da atividade física

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 12

Eles concordam com a atitude do governador Ibaneis Rocha de flexibilizar a abertura do comércio

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 12

Quarenta academias fecham e 4,5 mil pessoas são demitidas no DF

Hugo Barreto/Metrópoles
7 de 12

Protesto de bares, restaurantes, academias e salões de beleza no Buriti

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 12

Segundo o setor, a decisão da Justiça interfere no poder do governo local

Hugo Barreto/Metrópoles
9 de 12

Carreata saiu da Praça dos Tribunais e chegou até o Palácio do Buriti

Hugo Barreto/Metrópoles
10 de 12

Objetivo do ato é sensibilizar a Justiça para a reabertura de bares, restaurantes, academias e salões de beleza

Hugo Barreto/Metrópoles
11 de 12

O GDF entrou na Justiça para recorrer da decisão

Hugo Barreto/Metrópoles
12 de 12

Setor seria o mais afetado com as medidas para evitar o contágio do novo coronavírus

Hugo Barreto/Metrópoles

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?