MP flagra desrespeito ao lockdown em feiras e comércios do DF
De acordo com o órgão, os centros comerciais que mais resistem às restrições são a Feira dos Importados, a Feira do Guará e o Taguacenter
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) fiscalizou, entre 28 de fevereiro e 3 de março, o cumprimento do decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) que suspendeu atividades comerciais e industriais consideradas não essenciais.
De acordo com o relatório pericial requisitado pela força-tarefa de enfrentamento à Covid-19, os centros comerciais que mais resistem às restrições são a Feira dos Importados, a Feira do Guará e o Taguacenter. Ao DF-Legal, será requisitada a fiscalização e autuação onde foram verificadas irregularidades.
Nesses locais, de acordo com o documento, lojas se mantiveram abertas durante o período inspecionado e os comerciantes aderiram ao fechamento das portas pela metade. “Quem frequenta os locais acaba tendo a impressão da inexistência de regramentos no comércio, tamanha a quantidade de lojas em atividade”, indica a perícia.
“É preocupante ver que muitos empresários optaram desprezar as restrições impostas, usando do artifício de cerrar as portas pela metade dando a impressão de inatividade nos estabelecimentos. Entendemos que deve haver um equilíbrio que possibilite a economia do DF sobreviver, mas precisamos salvar vidas com o distanciamento, o uso de máscaras, álcool em gel e com respeito às normas governamentais”, alerta o coordenador da força-tarefa, procurador de Justiça José Eduardo Sabo.
Entre os bares fiscalizados, no Sudoeste, Asa Sul, Águas Claras e Setor de Clubes, na primeira noite em que foi reduzido o horário de funcionamento, com limite até a meia-noite, diversos estabelecimentos respeitados, com exceção de dois bares no Sudoeste. No lago sul, duas casas de festa também estavam abertas após o horário-limite.
Alguns desses locais foram alvos da força-tarefa do GDF, que é formada pelos órgãos com poder de autuação diante das irregularidades. Entretanto, permaneceram em atividade mesmo após orientação oficial. Nos dias posteriores, quando foi decretado o total fechamento dos comércios não essenciais no DF, não foi verificada atividade em nenhum dos locais.
A força-tarefa do MPDFT seguirá com a realização de vistorias para observar o comportamento dos usuários e também a fiscalização que deve ser realizada pelo poder público.