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Morto com suspeita de tuberculose foi tratado em ala para Covid-19 no HRC

Caso foi descoberto durante uma inspeção de rotina no Núcleo de Controle Hospitalar. Secretaria de Saúde garante que estava em isolamento

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Faixada de hospital
1 de 1 Faixada de hospital - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um paciente que morreu com suspeita de complicações de uma tuberculose ficou internado por mais de 48 horas na ala destinada ao tratamento de Covid-19 do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). O óbito foi registrado no último de 4 de dezembro. O nome da vítima será preservado pela reportagem.

Relatório médico obtido pela coluna Janela Indiscreta aponta que o caso foi descoberto durante uma “avaliação rotineira de infecções hospitalares”. “O Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar detectou a presença de um paciente com infecção descartada pelo Sars-Cov-2 mantido hospitalizado no anexo [local para pacientes de Covid-19]”.

De acordo com o infectologista da unidade, ele apresentava quadro suspeito de tuberculose pulmonar, doença infectocontagiosa que pode afetar outros órgãos além do pulmão.

“Esse paciente deve ser colocado em precaução para aerossóis de forma urgente visto que representa potencial fonte de contágio para os idosos internados na mesma sala. Precisa ser encaminhado de forma urgente a enfermaria de isolamento”, registrou o documento datado do dia 1º de dezembro, três dias antes da morte confirmada por uma parada respiratória.

O que diz a Secretaria de Saúde

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde informa que, em seu protocolo, há a obrigatoriedade de que todo paciente sintomático respiratório siga um fluxo em separado dos demais pacientes.

“No Hospital Regional da Ceilândia (HRC), há três enfermarias individuais, onde os pacientes recebem assistência de enfermagem exclusiva, e aqueles que não estão confirmados com a Covid-19 são tratados por uma equipe específica da unidade. Lá, o paciente fica até que seja diagnosticado com o novo coronavírus. Quando há essa confirmação, a depender do caso, ele é transferido para a ala Covid”.

De acordo com a pasta, o paciente foi direcionado ao HRC pela Upa [Unidade de Pronto Atendimento] da região, após sua passagem por lá com quadro de insuficiência respiratória aguda.

“No hospital, ele permaneceu em enfermaria individual isolada até que saíssem os resultados dos exames realizados. Uma vez que testou negativo para Covid-19, foi solicitada vaga em leito geral de clínica médica”.

Segundo a nota da assessoria de imprensa do órgão, no dia 3 de dezembro, o paciente obteve piora de seu padrão respiratório, momento em que foi submetido à intubação e ventilação mecânica e houve solicitação de um leito de UTI não Covid. “No dia seguinte, o paciente apresentou sucessivas paradas cardiorrespiratórias e não respondeu às manobras ressucitatórias”.

“A direção do HRC esclarece que o paciente foi atendido de acordo com todos os protocolos e normas determinadas ao caso”, informou.

 

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