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Moro defende permanência de Marcola: “Polícia do DF é bem remunerada”

Justificativa foi dada durante audiência do ministro no Senado Federal, onde apresentou o pacote anticrime do governo Bolsonaro

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Moro na CCJ do senado
1 de 1 Moro na CCJ do senado - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Embora tenha ido ao Senado Federal nesta quarta-feira (27/3) para debater o pacote anticrime do governo federal, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acabou sendo cobrado  sobre a transferência de líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Penitenciária Federal de Brasília. Na última sexta-feira, o principal chefe da facção criminosa, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, desembarcou na capital da República, o que gerou críticas do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), ao ministro.

Ao ser questionado pela senadora Leila Barros (PSB-DF) sobre os motivos da transferência de criminosos de alta periculosidade para a cidade, Moro afirmou que ela foi necessária após ameaças de morte feitas pelo PCC a agentes públicos. “O DF foi escolhido porque a penitenciária já estava estruturada, além de abrigar as sedes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das Forças Armadas e tem, ainda, uma polícia local que, comparativamente, é bem remunerada e bem estruturada”, argumentou.

Segundo o ministro, a primeira ideia foi transferir os detentos do PCC para o Presídio de Rondônia, porque o de Brasília não estava totalmente pronto. “Havia certo receio já que a penitenciária de Rondônia é próximo à fronteira, e decidimos trazer para um lugar distante da fronteira”, explicou.

Moro garantiu que a presença de Marcola não leva risco algum à população do DF. “Ele está em um presídio de segurança máxima, não existe histórico de rebeliões, não existe histórico de uso de celular. Se nós percebermos que uma aliança criminosa está criando raízes em algum local daqui, faremos rodízios para evitar que isso se estabeleça. Estamos atentos e não há riscos para a segurança de Brasília”, pontuou.

Bate-boca
O ministro e o governador Ibaneis Rocha (MDB) trocaram farpas após o emedebista tomar conhecimento pela imprensa de que os principais líderes do PCC estavam sendo enviados para Brasília. O titular do Palácio do Buriti chegou a solicitar audiência com o ex-juiz federal, mas sem sucesso.

O governador prometeu ingressar com uma petição na Justiça para desativar a Penitenciária Federal de Brasília. Segundo Ibaneis, o local fica a poucos quilômetros das sedes dos Três Poderes e de mais de 180 representações diplomáticas. A ideia do governo é utilizar a estrutura construída no Complexo da Papuda para abrigar os presos locais e diminuir a lotação nas unidades.

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