Monitoramento de esgoto apresenta tendência de queda de Covid-19 no DF
Novo boletim divulgado com dados até 24 de julho indica que, embora tenha melhorado índices, quadro ainda segue elevado, segundo a ANA
atualizado
Compartilhar notícia
O Distrito Federal está dentro das unidades da Federação (UFs) com tendência de redução na carga viral do novo coronavírus detectada nos esgotos analisados pela Agência Nacional de Águas (ANA), de acordo com o último boletim de acompanhamento da Rede Monitoramento Covid Esgotos, que traz dados colhidos até 24 de julho.
Desde o início do histórico de medições, Brasília apresentou respectivamente uma carga de 434, 224, 229 e, o mais recente, 181 bilhões de cópias do novo coronavírus por dia para cada 10 mil habitantes nas semanas epidemiológicas 26 (de 27 de junho a 3 de julho), 27 (4 a 10 de julho), 28 (11 a 17 de julho) e 29 (18 a 24 de julho).
As cargas medidas nas semanas epidemiológicas 27, 28 e 29 são as menores do histórico, que tinha o menor valor registrado para a semana 19 (de 11 de maio), em 236 bilhões de cópias por dia a cada 10 mil habitantes. Portanto, há uma tendência de redução da carga do novo coronavírus nos esgotos do DF, que ainda segue elevada.
O monitoramento começou a ser feito em março, em oito estações de tratamento (ETE), que atendem cerca de 80% da população da capital federal.
Durante as semanas epidemiológicas de junho a julho, somente a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Brasília Norte permaneceu no patamar intermediário de concentração viral, entre 4 e 25 mil cópias do novo coronavírus por litro das amostras. Nesse período todas as ETEs monitoradas ficaram no patamar médio de concentração viral e/ou no patamar elevado, acima de 25 mil cópias.
O objetivo do levantamento é auxiliar o governo na tomada de decisões sobre a pandemia, identificando tendências e alterações nas regiões monitoradas. O mapeamento também pode apontar áreas com maior incidência da doença e ser usado como ferramenta para antecipar surtos.
As análises buscam ampliar as informações para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. Os resultados gerados podem auxiliar na tomada de decisões por parte das autoridades de saúde. O mapeamento do esgoto também serve para identificar áreas com maior incidência da doença e usar os dados obtidos como uma ferramenta de alerta precoce para novos surtos.
A Rede é coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis) e universidades federais.