Apesar de críticas, Delmasso mantém proposta de viagens pagas na CLDF
Distrital quer oficializar os deslocamentos desde que parlamentares comprovem relevância da participação de deputados em eventos fora do DF
atualizado
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Mesmo incomodado com o fato de, segundo ele, terem “deturpado” a sua real intenção, o vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), Rodrigo Delmasso (PRB), decidiu manter a decisão de levar à Mesa Diretora a proposta de regulamentação de diárias e viagens pagas pela Casa aos deputados distritais.
A decisão foi reforçada à coluna nesta quinta-feira (7/3), um dia após o Metrópoles revelar a intenção da retomada do custeio de deslocamento dos mandatários para eventos fora do Distrito Federal.
Estão dizendo que quero criar um auxílio-viagem e não é nada disso. O que quero é regulamentar viagens de caráter oficial, exclusivamente a trabalho, para representar a Câmara Legislativa. Qualquer empresa do mundo paga as despesas de seus funcionários quando há viagem a trabalho. Quem não quiser, basta pagar do próprio bolso
Rodrigo Delmasso (PRB), vice-presidente da CLDF
De acordo com a proposta do representante do PRB, a autorização para qualquer deslocamento oficial deve ser requerida em prazo anterior à data da viagem, com justificativa e assinatura de autorização da maioria dos integrantes da Mesa Diretora, de acordo com a relevância da participação no evento. Segundo Delmasso, as participações em solenidades e eventos oficiais em outras localidades fazem parte das atribuições de um deputado eleito.
Colegas com mandato na Câmara atacaram a proposta de Delmasso. “Sou contrário a qualquer aumento de despesas na CLDF. Precisamos discutir formas de otimizar o nosso trabalho, reduzindo, e não aumentando os gastos”, disse Leandro Grass (Rede).
O vice-presidente chegou a pensar em desistir da ideia, mas preferiu manter a defesa do benefício. “A Câmara Legislativa é o único órgão do país que proíbe o pagamento de passagens e diárias quando estiver fora, obviamente, a serviço. Existem deputados que não têm condições de assumir esse custo, que é pelo exercício do mandato, não por passeio ou turismo “, reclamou Delmasso.