Mesmo com alerta de cepa indiana, GDF não prevê barreiras sanitárias
Governador Ibaneis ainda aguarda um posicionamento oficial dos órgãos de vigilância em saúde para tomar quaisquer novas medidas preventivas
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, descartou nesta segunda-feira (24/5), por ora, algum tipo de ação de enfrentamento para a possível chegada da variante indiana do novo coronavírus no território do Distrito Federal. De acordo com o titular da pasta, o governador Ibaneis Rocha (MDB) deve aguardar um posicionamento oficial da Secretaria de Saúde, caso se confirme a presença da nova cepa.
“Até o presente momento, não há previsão. O governador está aguardando as informações e os dados técnicos da Secretaria de Saúde para que ele possa deliberar sobre essa questão”, afirmou.
Nesta segunda, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que a Vigilância Epidemiológica monitora um homem que veio da Índia no mesmo voo que um paciente infectado com a nova variante indiana da Covid-19. Ele veio para o Distrito Federal e encontra-se em quarentena. Segundo Okumoto, o alerta foi dado por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde.
Contudo, Okumoto também descartou temporariamente medidas mais rigorosas para controle de acesso de pessoas possivelmente infectadas com a nova mutação da Covid-19.
“Os bloqueios sanitários têm uma responsabilidade federal. Normalmente, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] emite um parecer em relação a esses bloqueios para que a gente possa tomar as decisões necessárias”, disse.
Segundo ele, contudo, já existe um monitoramento em tempo real dos órgãos de vigilância em saúde nas principais entradas do Distrito Federal.
“As cautelas e as precauções já estão sendo tomadas e da mesma forma o governador espera esse reporte técnico da Secretaria de Saúde para verificar se há necessidade de alguma outra medida ou não. Os voos que têm chegado da Índia ficam sendo monitorados. Por isso, então, houve a identificação dessa pessoa lá no aeroporto e aí então foi feito o comunicado para nós aqui. Não só para nós, mas pra todas as pessoas que estiveram nesse voo vindo da Índia. Então, aí você faz uma rastreabilidade muito grande”, frisou.
Sequenciamento
Até então, segundo o secretário, não houve confirmação da chegada da nova cepa no Distrito Federal, de acordo com os mais recentes boletins epidemiológicos realizados pelo Laboratório Central.
“Fizemos o teste em 301 amostras e, dessas, 259 são variante P.1, conhecida como a variante de Manaus. Não foi destacado no restante das amostras se havia o vírus indiano. Então, a variante indiana não se apresentou ainda nessa nota que nós vamos soltar ainda essa semana, como tinha prometido. De 301 sequências genéticas que foram realizadas pelo laboratório central de saúde pública”, disse.
O monitoramento, contudo, está sobre um paciente que veio da Índia, passou por outras cidades até chegar em Brasília. “Nós temos esse caso de uma pessoa que está no Distrito Federal que teve um contato num voo vindo da Índia. Então essa pessoa desceu no Rio, só que o voo fez uma escala em São Paulo, em Guarulhos e veio aqui para o Distrito Federal”.