Médicos suspendem medicação e avó de Michelle Bolsonaro acorda no HRSM
Maria Aparecida Firmo despertou nesta quinta (9/7) para avaliação clínica. Ela permanece em estado grave, mas com funções preservadas
atualizado
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A avó materna da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, que está com Covid-19, despertou nesta quinta-feira (9/7) após a equipe médica do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) decidir interromper, momentaneamente, a prescrição de drogas vasoativas, como dopamina e adrenalina. O recurso foi usado para que os especialistas possam avaliar o quadro clínico geral da paciente, além da parte respiratória, a qual ainda é motivo de preocupação.
Maria Aparecida Ferreira Firmo, de 80 anos, permanecerá sedada, até por uma questão de conforto. Entretanto, a decisão de despertá-la é para que a equipe médica possa avaliar se mesmo sem os estimulantes os órgãos vitais dela permanecem estáveis, o que tem se confirmado.
Conforme revelado pelo Metrópoles, Maria Aparecida Ferreira Firmo teve comprometimento de 78% do pulmão, o que preocupa os intensivistas. Mesmo com ajuda de aparelhos, a função pulmonar da idosa está com 40% de oxigênio (o ideal da saturação é entre 95% e 100%) e requer atenção cuidadosa.
Os médicos avaliaram que, embora o quadro dela seja grave, os sistemas neurológico e cardíaco seguem preservados.
Sonolenta
Embora o quadro continue grave, a idosa segue intubada, sem febre e recebendo alimentação por sonda enteral. As funções renal e intestinal estão preservadas e em funcionamento. Os sinais vitais continuam controlados, incluindo o cérebro e o coração.
No momento do despertar, Maria Aparecida permaneceu “bem sonolenta”, mas a estratégia da equipe intensivista é acordá-la diariamente para checagem do quadro clínico geral. A paciente segue usando antibióticos e com suporte clínico intensivo. A equipe médica orientou os familiares da idosa sobre o seu estado de saúde, considerado grave em decorrência da Covid-19.
Desde domingo (5/7), Maria Aparecida recebe alimentação líquida, alternativa mais utilizada quando a ingestão de nutrientes pela boca está impossibilitada. O processo mais comum é injetar um cateter ligado a uma bolsa de soro fisiológico em uma veia do braço. Ela tem respondido bem ao procedimento.
Assistência
A reportagem procurou o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), que administra o HRSM, que informou por nota que “a paciente está recebendo toda a assistência necessária ao quadro de saúde”.
Maria Aparecida Firmo foi transferida para o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) na quarta-feira (1º/7), quando passou a ser atendida nos boxes de emergência. Ela seguiu para internação primeiramente no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), sentindo falta de ar, após passar mal, cair e desmaiar em uma das ruas do Sol Nascente, onde mora. A idosa foi levada à unidade hospitalar por um vizinho que a encontrou desacordada na porta de uma farmácia.