Levantamento da UnB indica que GDF destinou R$ 1,7 bilhão para Covid
Estudo também indica que 47% do total dos recursos usados para controle da pandemia foram oriundos do governo federal
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) destinou cerca de R$ 1,7 bilhão para o combate à Covid-19 desde 2020, quando a pandemia foi reconhecida oficialmente no Brasil.
Levantamento realizado pelo ObservaDF, vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), indica que a cifra milionária foi contabilizada até o fim do ano passado, conforme informações colhidas pelo Portal de Transparência do governo local.
O mesmo estudo aponta que, desse total, R$ 798 milhões foram oriundos de repasses realizados pelo governo federal, o que incluem recursos do Ministério da Saúde. A cifra representa 47% do total de gastos para o combate ao novo coronavírus.
No somatório de recursos aplicados, contando estas instituições e empresas, e acrescentando o total relativo a Benefícios, Transferências e à Própria Administração Pública, o montante de recursos com despesa localizada no DF chegou a cerca de 1,3 bilhão.
Dois momentos
Para analisar a relação entre receitas tributárias e as ações do governo, o ObservaDF mobilizou diferentes conjuntos de dados ligados a mobilidade, receitas, políticas de distanciamento e políticas de ajuda econômica. Para a pesquisa, o grupo utilizou índices de respostas do governo, disponibilizados pela Universidade de Oxford.
A pesquisa ainda aponta que, durante o enfrentamento da pandemia, apesar do alto investimento nas ações, houve dois momentos distintos de atuação.
De acordo com o material, a intervenção rápida, “relativamente eficaz e orientada pela ciência, que caracterizou a ação do Governo do Distrito Federal (GDF) no primeiro momento, acabou dando lugar a decisões pouco respaldadas pela ciência, de maior relaxamento com o isolamento, especialmente em 2021”, sustenta.
A equipe do ObservaDF é composta pelos pesquisadores Lúcio Remuzat Rennó Junior, Ana Maria Nogales Vasconcelos, Andrea Felippe Cabello, Frederico Bertholini e Guilherme Viana. Michelle Fernandez foi autora convidada para participar do relatório.