Laudo da Novacap aponta “risco crítico” no teto da UTI neonatal do Hmib
Com as chuvas, pelo menos três leitos tiveram de ser bloqueados na unidade pública, que também relata curto-circuito no sistema elétrico
atualizado
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Um documento assinado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) indica que a estrutura do teto da unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib) está com “grau de risco crítico”. A unidade pública é referência para atendimento de recém-nascidos com problemas considerados graves.
A inspeção por técnicos do Governo do Distrito Federal (GDF) ocorreu após enfermeiros do hospital relatarem existência de forte infiltração – aparentemente causada por vazamento – no forro de gesso do setor de especializado no cuidado intensivo de bebês. O problema resultou no bloqueio temporário de pelo menos três leitos.
“Diante das conformidades técnicas construtivas, do desempenho dos sistemas vistoriados no local e frente às suas condições normais de uso, classificamos a edificação/estrutura, como de grau de risco crítico – impacto parcialmente recuperável, tendo em vista a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação/estrutura, sem prejuízo à operação direta dos sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis”.
De acordo com o laudo, ficou clara a existência de infiltração na junção das telhas termoacústicas, o que resulta em acúmulo de água na região (veja fotos abaixo). Outra falha encontrada foi no Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), executado “de maneira incorreta”, conforme a vistoria, que indicou perfurações foram feitas na parte baixa da telha, onde a vazão de água é bem maior que na parte alta da telha.
“Existem outros métodos de fixação dos condutores, um deles é por meio de colagem, onde é necessário que a cola suporte as intempéries no local da aplicação, como umidade, temperatura e raios ultravioletas. Também tem que ser capaz de suportar os esforços mecânicos exigidos aos condutores. Esforços estes causados pelas descargas atmosféricas ou pela necessidade de se tensionar os condutores, por exemplo”, registra.
Veja as imagens:
Curto-circuito
No mesmo documento, os técnicos da Novacap relatam, ainda, que os parafusos de fixação das telhas estão em sua maioria soltos, onde é possível praticamente retira-los com as próprias mãos, sendo necessários trocar e aplicar adesivo vedante de modo a estancar as possíveis infiltrações neste ponto. Portanto, dado a gravidade do assunto e os pontos apresentados, será necessário aplicar manta alumínio onde não houve o transpasse das telhas; reforçar a fixação nas extremidades telhas; revisar e trocar todos os parafusos soltos; aplicar adesivo selante em todos os parafusos e condutores/hastes do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas.
No mesmo setor da unidade pública, há relatos também da falta de manutenção da rede elétrica e tomadas com defeito em todos os leitos da UTIN. “Algumas tomadas não funcionam, estão afundadas e o leito 26 foi relatado que estava dando curto circuito, com faíscas, o qual foi isolado até a resolução do problema”.
Por isso, a companhia recomenta “a implantação de um Plano de Manutenção englobando todas as edificação/construção, promovendo assim reparos e manutenção de forma planejada e evitando possíveis danos maiores”, frisou.
Responsável pela unidade, a Secretaria de Saúde informou que o projeto básico para resolução definitiva do problema foi finalizado no dia 17 de dezembro. “No momento, estão sendo colhidos orçamentos para contratação de empresa qualificada para realizar a manutenção devida”.
Ainda de acordo com a pasta, a Novacap, parceira na busca de soluções para o problema, fará a impermeabilização do local nesta segunda-feira (4/01).