Joice Hasselmann não registrou ocorrência de suposto atentado na PCDF
Deputada acordou em casa, viu poça de sangue e identificou seis fraturas (cinco no rosto, uma na costela), mas não se lembra do que ocorreu
atualizado
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Com a suspeita de ter sido vítima de “um atentado”, conforme foi noticiado, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) não registrou ocorrência na Polícia Civil (PCDF) para investigar os motivos do surgimento de cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de alguns cortes pelo corpo, depois de ter supostamente sofrido um ataque em casa.
Vários interlocutores, alguns próximos, chegaram a sugerir que a parlamentar procurasse as autoridades policiais para que o episódio fosse elucidado. Contudo, a congressista decidiu, por enquanto, deixar o caso sob tutela da Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados. Também não há registro de exame de corpo de delito.
Conforme relatou à coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, Joice estava assistindo a uma série em sua cama, no apartamento funcional que usa em Brasília, na noite do último sábado (17/7), quando “apagou” e só acordou sete horas depois, sem se lembrar do que tinha acontecido.
“Acordei em uma poça de sangue, sem saber quanto tempo fiquei desacordada. A hipótese em que eu mais acredito é que sofri um atentado”, pontuou. A deputada alega que não estava sozinha no local, mas o marido, o neurocirurgião Daniel França, dormia em outro quarto.
Segurança
A congressista contou, em entrevista ao SBT, que havia dispensado a segurança que recebe da Câmara. “À noite, quando volto pra casa, eu dispenso a Depol [Polícia Legislativa], porque, teoricamente, estou em segurança. Estou em um prédio onde tem segurança lá embaixo, são profissionais da Câmara. Apesar das ameaças de morte que recebo constantemente, nem levo mais tanto a sério. Já levei, mas não levo mais. Então, dispensei, como toda noite eu faço”, disse.
“Não posso dizer que foi um desafeto político ou mesmo se foi alguém que entrou na minha casa. Mas esse é um local público, a chave de um apartamento funcional não é uma chave que fica só comigo, outras pessoas em departamentos da própria Câmara têm. E pessoas já passaram pela minha casa, já trabalharam aqui, já tiveram cópia da chave. Então, seria muito simples e muito óbvio eu dizer: ‘Olha, eu tenho desafetos políticos, me ameaçam de morte, eu vou culpar fulano’. Mas vamos deixar as investigações seguirem”, completou a parlamentar.
“Já estou em contato com a Polícia Legislativa. Eles vão investigar o caso e solicitarão as imagens das câmeras do prédio para analisar a movimentação. Já fiz esse pedido aos policiais. Amanhã prestarei depoimento e indicarei testemunhas, como meu marido, funcionários da casa e porteiros do prédio”, informou Hasselman. O vigia do edifício da deputada afirmou à coluna que os vídeos foram pedidos pela Polícia Legislativa.