Imagens do IHB desmentem versão de vigilantes sobre Wellington Luiz
À PCDF, terceirizados acusaram distrital Wellington Luiz de tentar invadir unidade sem identificação prévia. Parlamentar acionará delegado
atualizado
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Após ter sido acusado por vigilantes do Instituto Hospital de Base (IHB) de tentar invadir a unidade sem ter se identificado, o deputado distrital Wellington Luiz (MDB) recebeu, nesta sexta-feira (14/9), as imagens do circuito interno da unidade pública de saúde do dia do episódio. A gravação desmente a versão dada pelos terceirizados para a Polícia Civil.
A vistoria ocorreu no último domingo (10/9), após denúncia anônima pela morte de Márcia Aparecida Silva, 74 anos, e foi realizada por representantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde) e pelo emedebista, vice-presidente da CLDF.
O parlamentar foi barrado pelos seguranças do local, que não permitiram a entrada do distrital nas dependências do IHB para apurar os fatos. Com a discussão acalorada, os vigilantes ameaçaram sacar a arma para tentar impedir a ação parlamentar. Wellington Luiz, que é policial civil, também levou a mão à cintura, indicando que também estaria armado.
Descompromisso
Com o acesso às imagens, o distrital adiantou que enviará para a PCDF as provas. “Me identifiquei oficialmente em pelo menos três momentos diferentes. Essa situação só reforça que essa gestão não tem compromisso algum com a verdade, acusando um parlamentar de algo que não fez”, disse.
Segundo Wellington Luiz, é prerrogativa de deputados fiscalizar o governo em todas as esferas. “O correto seria que eles prestassem todas as informações, mas fizeram o contrário: tentaram camuflar o que puderam, mas a verdade sempre aparece”, declarou.
Procurado, o Instituto Hospital de Base informou que, mesmo identificado, o deputado distrital Wellington Luiz e seus acompanhantes “não têm o direito de entrar sem autorização em uma unidade de serviço social autônomo como é o IHB, principalmente portando arma”.
Na nota, a unidade sustenta que, “segundo o inciso XVI do artigo 60 da Lei Orgânica do DF, representantes da Câmara Legislativa têm o direito de ‘fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluindo os da administração indireta’, mas o IHB não faz parte da administração indireta”.
Ainda de acordo com o texto enviado pelo instituto, “não cabe a membro do parlamento fiscalizar uma UTI (principalmente armado), pois ele não tem expertise para tal ato. Quem faz esse tipo de ação é a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), que conta com profissionais capacitados para isso”.
O IHB finaliza a resposta ao reforçar que “a UTI é um local restrito, protegido, suscetível a infecção hospitalar, pois só trafegam profissionais de saúde ou fiscais da Anvisa”.