IBGE começará a ouvir população indígena do DF para integrar censo
Além dos indígenas, instituto quer coletar mais informações sobre quilombolas que moram nas proximidades da capital federal
atualizado
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começa, na quinta-feira (18/8), a coletar os dados das populações indígenas residentes no Noroeste, bairro da área central de Brasília, para integrar o Censo 2022. Serão dois dias de pesquisa em campo para o levantamento de informações.
A equipe do censo do Distrito Federal está sob orientação da especialista em população indígenas e quilombolas do IBGE Marta de Oliveira Antunes. Em 17 de agosto, também será realizada a coleta da população quilombola de Mesquita, localizada na Cidade Ocidental (GO), e com algumas casas situadas dentro dos limites do Distrito Federal.
De acordo com o IBGE, a coleta das populações tradicionais é realizada de forma diferenciada, após contato prévio explicando o questionário do censo e sua importância para a comunidade, com posterior agendamento.
No Censo 2010, por exemplo, foi possível coletar informações tanto para a população residente nas terras indígenas, quer sejam indígenas ou não, quanto fora delas. Um dos alvos é descobrir as etnias residentes na capital federal e também a língua falada.
O questionário domiciliar realizado com essas comunidades trata sobre os moradores, os domicílios, a identificação étnico-racial, os arranjos familiares, a religião, as pessoas com deficiência, as migrações, a escolaridade, o trabalho e rendimento, a mortalidade e também autismo.
Censo 2010
No último censo, em 2010, o Distrito Federal tinha 6.128 pessoas que se declararam indígenas, representando 0,2% da população. De acordo com o IBGE, foram encontradas nos censos anteriores 29 etnias no Distrito Federal e 10 línguas faladas.
A população indígena era, em sua maioria, composta por mulheres no DF (55,3%). Entre a população indígena com 10 anos ou mais (5.613 pessoas), 95% delas eram alfabetizadas.
Em relação à língua falada, entre os indígenas com 5 anos ou mais (5.905 pessoas), 98% deles falavam português e 181 falavam uma língua indígena dentro de casa.
No DF, 4.086 residências tinham pelo menos um morador indígena e, em sua maioria, moravam em casas (75,7%). A maioria das residências habitadas pelos indígenas tinha estrutura de saneamento (89% ligadas à rede geral de esgoto e 95% ligadas à rede de distribuição de água) e 99,8% contavam com energia elétrica.
