Ibaneis rebate Bolsonaro após críticas ao toque de recolher no DF
Pelo Twitter, o governador afirmou que, apesar de respeitar o titular do Planalto, desta vez discorda da declaração do político
atualizado
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O governador Ibaneis Rocha (MDB) respondeu, nesta sexta-feira (12/3), à declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o Distrito Federal estaria em “estado de sítio”.
A opinião do mandatário do país sobre o toque de recolher decretado na capital da República foi dada durante evento no Congresso Nacional e reforçada no decorrer de uma transmissão ao vivo na noite de quinta-feira (11/2).
“O presidente da República, Jair Bolsonaro, por quem eu tenho respeito e apreço, disse que o Distrito Federal está sob estado de sítio. Desta vez, eu discordo dele. O DF está, sim, com restrição na mobilidade das pessoas a partir de 22h por uma medida sanitária. O objetivo é claro, reduzir a disseminação do coronavírus”, assinalou o governador no Twitter.
Na sequência da postagem, o titular do Palácio do Buriti publica um filme para explicar o que é o estado de sítio. “Quem quiser saber o que é o terror de viver sob repressão, recomendo que veja o filme Estado de Sítio, de Costa Gravas, lançado em 1972, e que está na íntegra e com legendas no YouTube.”
Veja a publicação:
O Presidente da República, @jairbolsonaro, por quem eu tenho respeito e apreço, disse que o Distrito Federal está sob estado de sítio. Desta vez eu discordo dele. O DF está sim com restrição na mobilidade das pessoas a partir de 22h por uma medida sanitária. (1/2)
— Ibaneis Oficial (@IbaneisOficial) March 12, 2021
Na última segunda-feira (8/3), Ibaneis decretou toque de recolher das 22h às 5h, até o próximo dia 22, com o objetivo de tentar conter a proliferação de casos da Covid-19 no Distrito Federal, que beira o colapso na rede hospitalar tanto pública quanto particular.
“Até quando nós vamos resistir a isso daí? Aqui no DF, toma-se medida por decreto de estado de sítio [sobre toque de recolher]. Das 22h às 5h ninguém pode andar. Só eu poderia tomar medida dessa e, assim mesmo, ouvindo o Congresso Nacional. Então, na verdade, medida extrema dessa, só o presidente da República e o Congresso Nacional poderiam tomá-la. E nós vamos deixando isso acontecer”, disse o presidente.