Hotel em que Ludhmilla Hajjar se hospedou fala sobre suposta tentativa de invasão
Cardiologista passou a noite de domingo para segunda no B Hotel, segundo gerente confirmou à coluna. Médica relatou ter se sentido ameaçada
atualizado
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Em duas entrevistas concedidas pela cardiologista Ludhmila Hajjar nas últimas horas (à CNN e Globonews), a médica denunciou ter sido vítima de ameaças desde que seu nome passou a ser cotado publicamente para assumir o Ministério da Saúde.
Segundo afirmou Ludhmila Hajjar, muitas dessas intimidações surgiram em redes sociais. Mas a médica revelou um fato ainda mais grave. Ela disse que também tentaram invadir o quarto do hotel onde esteve hospedada em Brasília.
A coluna confirmou que a cardiologista pernoitou de domingo (14/3) para esta segunda (15/3) no B Hotel, um dos mais frequentados pela elite que vem à capital da República.
A gerência do estabelecimento, que fica no centro da capital, afirmou não ter havido qualquer comunicado de incidente com a hóspede. O gerente-geral George Durante disse ter checado o circuito interno de imagens para verificar alguma movimentação estranha.
“De fato, ficamos surpresos com a declaração da médica. Pelo que vimos, aparentemente não houve nenhum incidente. A não ser que ela tenha se hospedado em outro hotel antes de dar entrada aqui”, reforçou.
O nome de Ludhmila Hajjar para substituir o de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde ficou muito forte desde domingo (14/3). Considerada competente e com um bom trânsito entre políticos, muitos dos quais são seus pacientes, a cardiologista ganhou notoriedade para o cargo.
A indicação dela chegou a ser defendida por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Ludhmila Hajjar estudou na Universidade de Brasília (UnB) e é cardiologista intensivista da Rede D’Or, além de professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Também é coordenadora de Cardio-Oncologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP e coordenadora de Cardiologia do Instituto do Câncer do estado de São Paulo (Icesp). Além disso, é diretora de Ciência e Inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Nas entrevistas que concedeu, Ludhmila explicou como foi o convite feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que integrasse o primeiro escalão do governo. Em um relato franco, ela apontou divergências insuperáveis com o chefe do Executivo.
Entre os tópicos em desacordo, há a defesa de medidas como o lockdown e posicionamento contrário ao tratamento precoce com medicamentos de eficácia não comprovada.
De acordo com a Polícia Civil, não foi registrado até o momento nenhum boletim de ocorrência.