Guarda Jânio pede cassação de Liliane Roriz por quebra de decoro
Representação entregue na Câmara Legislativa é baseada nas condenações que a deputada distrital tem no Tribunal Regional Eleitoral
atualizado
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A deputada Liliane Roriz (PTB) terá de se explicar em mais um pedido de cassação do mandato. Desta vez, quem fez a solicitação foi o suplente dela, Guarda Jânio (PRTB). Em representação, ele pede a quebra de decoro parlamentar de Liliane por ter infringido o Código de Ética.
“Ela foi condenada em 2ª instância por corrupção eleitoral e abuso de poder econômico. Tem ainda a pena de 4 anos e 5 meses de reclusão por falsidade ideológica. Isso é regime semiaberto. É incompatível com o mandato”, afirmou o advogado de defesa do suplente, Nelson Buganza.
Em outubro do ano passado, Liliane foi absolvida na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa pela mesma acusação. À época, o pedido foi da ONG Adote um Distrital. “Não tinha condenação em segundo grau. Era diferente”, alegou o advogado. A distrital ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).Em 2014, Guarda Jânio teve 14.939 votos e estaria atuando na Câmara Legislativa como deputado se as regras do Distritão, ainda analisado na Câmara Federal, estivessem valendo. Ele e Liliane seriam companheiros de plenário, pois ela foi eleita com 16.745 votos.
Se o Distritão, da forma como está exposto, fosse a regra prevista em 2014, a CLDF teria cinco novos representantes do povo. O Guarda Jânio estaria entre os 15 primeiros eleitos. Egmar Tavares, Fernando Fernandes, Washington Mesquita e Claudio Abrantes também entrariam para o quadro em 1º de janeiro de 2015. Abrantes, hoje, faz parte do grupo de distritais porque era suplente de Márcio Michel, que virou conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF).
A assessoria de Liliane ainda não se manifestou sobre o pedido de Guarda Jânio.