GDF diz que 100% das amostras de Covid-19 indicaram variante de Manaus
Sequenciamento genético é realizado constantemente pela Secretaria de Saúde para monitorar novas variantes do vírus Sars-Cov-2
atualizado
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O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou nesta quinta-feira (13/5) que, das 80 amostras colhidas no Distrito Federal, 100% indicaram ser infecção pela cepa P1, mais conhecida como a variante de Manaus. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti.
O sequenciamento genético é realizado constantemente pela pasta para monitorar o tipo de vírus que circula entre os pacientes atendidos pela rede de saúde local. Nos últimos boletins, o Laboratório Central (Lacen-DF) havia identificado também a presença da variante britânica na capital federal.
Ainda segundo Okumoto, o governo permanecerá em alerta até o mês de agosto sobre a possível chegada de uma nova variante do Sars-Cov-2, o qual poderia ser responsável por uma esperada terceira onda da pandemia no mundo.
“Há possibilidade de uma terceira onda, resultante da dificuldade de se manter o isolamento, a vinda de uma nova variante de um país para outro, assim como a baixa disponibilidade de vacina. Estaremos trabalhando pela manutenção dos leitos de Covid-19 por uma questão de segurança”, afirmou ele sobre a manutenção dos leitos criados dentro dos hospitais de campanha.
Ainda segundo Okumoto, o GDF também avalia manter parte dos leitos para atendimento de pacientes que apresentem síndromes causadas após a infecção da Covid-19.
“As cirurgias eletivas vão aumentar muito ainda em decorrência das complicações da Covid-19. Dentro dos próximos 6 meses, esperamos o aumento de casos de infarto do miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo. Estaremos disponibilizando os leitos Covid, mas manteremos uma margem para atendimento de pacientes com casos ativos da doença”, frisou.
Cirurgias eletivas
A declaração ocorreu após o titular da pasta anunciar a retomada da realização de cirurgias eletivas emergenciais (aquelas não urgentes) que aguardam na rede pública local. Atualmente, segundo ele, pelo menos 2,3 mil pessoas aguardam por algum tipo de procedimento cirúrgico
Okumoto diz que grande parte desses procedimentos não depende de leitos de retaguarda, o que agilizará a realização da cirurgia, a depender da complexidade do caso.