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Filippelli desiste do Buriti e anuncia candidatura a deputado federal

Desgastado após ser investigado e preso no âmbito da Operação Panatenaico, ex-vice-governador tentará voltar à Câmara dos Deputados

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após passar uma temporada atrás das grades, acusado de integrar um esquema criminoso de desvio de verbas das obras do Mané Garrincha, o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli (MDB) anunciou que será candidato a deputado federal nas eleições deste ano.

Na sexta-feira (2/3), Filippelli reuniu integrantes da legenda para comunicar o desejo de voltar a ocupar uma das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados. No encontro, compareceram o presidente em exercício da Executiva regional, Gustavo Aires, o deputado federal Rôney Nemer, e os deputados distritais Wellington Luiz e Rafael Prudente.

Filippelli disse que tinha o desejo de disputar o Palácio do Buriti, mas abriu mão dele em nome do projeto político para destronar Rodrigo Rollemberg (PSB). “Eu sempre tive a intenção de disputar o governo, mas minha candidatura não poderia ser uma vaidade, um projeto pessoal. Teria de ter consistência e, neste momento, outros nomes dentro da legenda estão mais consolidados que o meu”, disse.

Ele ainda ressaltou que, ao manter-se como aspirante ao cargo de governador, retardaria a escolha do nome a ser lançado. “Enquanto eu era citado numa eventual candidatura majoritária, mais difícil ficava a formação da chapa”, explicou. Sem Filippelli no páreo, o ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), o deputado federal Izalci Lucas (PSDB) e o ex-distrital Alírio Neto (PTB) negociam para decidir quem vai desafiar Rollemberg nas urnas, numa composição totalmente de direita.

Alvo da Panatenaico
O ex-vice-governador do DF foi um dos alvos da Operação Panatenaico, da Polícia Federal, a qual apurou desvios de recursos nas obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Os investigadores afirmam que, no período de execução da arena, Filippelli e o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) pediram propina sobre os valores dos contratos.

Com base em laudos, depoimentos e dados obtidos em buscas e apreensões, o documento da operação, de quase 350 páginas, apontou os dois como integrantes de uma organização responsável pelo superfaturamento criminoso de R$ 559 milhões. Orçadas em 2010 por cerca de R$ 600 milhões, as obras no Mané Garrincha, estádio que é presença marcante na paisagem da cidade, custaram ao fim, em 2014, R$ 1,575 bilhão.

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