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Fica, Naja! Ouvidoria recebe pedidos para que cobra permaneça no Zoo do DF

Nas solicitações, as pessoas sugerem a criação de recinto para que o réptil fique exposto aos visitantes, já que é “orgulho do brasiliense”

atualizado

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Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
Naja no Zoo de Brasília
1 de 1 Naja no Zoo de Brasília - Foto: Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

Após a Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FZB) anunciar que não tem interesse em manter a Naja kaouthia em suas dependências, a Ouvidoria-Geral do Distrito Federal (Ouv-DF) passou a receber pedidos para que a famosa cobra permaneça em exposição para os brasilienses. Há até um pedido  para que seja feita uma vaquinha virtual a fim de construir “um recinto especial para a mesma”.

Nas justificativas, os cidadãos argumentam que o animal “será sempre motivo de curiosidade e, inclusive, de orgulho para todos os brasilienses, pois foi por meio dela que todo um esquema de tráfico de animais foi desarticulado pela Polícia Ambiental”, escreveram em uma das solicitações.

A fama da Naja começou após ela ter picado o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul e ter sido encontrada pela Polícia Ambiental atrás de um shopping. Por causa dela, uma rede de tráfico de animais exóticos foi descoberta no Distrito Federal. Até mesmo uma servidora do Ibama está sendo investigada por ter assinado documentos que facilitaram a posse dos bichos.

Os moradores do DF, desde então, criaram uma simpatia pela cobra. Agora, nas mensagens enviadas ao Zoo, também prometem um aumento de visitantes na instituição após o fim do período mais crítico da pandemia do novo coronavírus. “Acredito que após o retorno normal das atividades do zoológico no período pós-pandemia, as visitas ao local aumentarão consideravelmente, o que poderia aumentar, também, o fluxo de caixa.”

Há também quem aposte em um trabalho de conscientização junto às escolas públicas e privadas “no que diz respeito ao habitat natural dos animais, às necessidades deles, aos direitos deles e que, na verdade, não existem animais do bem ou do mal, são todos criações maravilhosas presentes na natureza”.

“Essa naja demonstrou lindamente como os animais podem ser ‘heróis’, pois ela salvou um tanto de outros animais mantidos em condições inadequadas e sem condições de se defenderem sozinhos. Por favor, por favor, por favorzinho, mantenham a naja aqui”, escreveu uma cidadã.

Caso você também tenha interesse na permanência da cobra em Brasília, clique aqui ou ligue para o número 162.

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A serpente foi descoberta após um estudante de medicina veterinária, que cuidava dela, ser picado
A Naja é extremamente venenosa e não é nada comum no Brasil
A serpente é originária da Ásia, mas também pode ser encontrada em regiões da África
Não havia registro de entrada desta Naja em específico no Brasil
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Naja no Zoo

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A serpente foi descoberta após um estudante de medicina veterinária, que cuidava dela, ser picado

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A Naja é extremamente venenosa e não é nada comum no Brasil

Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
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A serpente é originária da Ásia, mas também pode ser encontrada em regiões da África

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Não havia registro de entrada desta Naja em específico no Brasil

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No Zoológico, ela ficará isolada, no serpentário

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O animal está no Instituto Butantan, em São Paulo

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A característica típica deste tipo de serpente é o alargamento da região abaixo da cabeça

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Atrás da cabeça, a Naja pode possuir um círculo branco parecido com um olho, também eficaz em amedrontar predadores

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Cobra foi responsável por dar pontapé nas investigações

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A Naja ficará no Zoológico por tempo indeterminado

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O género Naja consiste de 20 a 22 espécies

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A característica típica deste tipo de serpente é o alargamento da região abaixo da cabeça

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As Najas são os animais tipicamente utilizados pelos famosos encantadores de serpentes, na Índia

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Também são conhecidas pelos nomes populares de cobra-capelo, cobra-de-capelo

Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

Celebridade

A Naja kaouthia está sendo mantida no serpentário após ter picado Pedro Henrique. O animal foi encontrado nas proximidades do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul. O universitário, que chegou a ser preso, está sendo investigado por integrar uma rede de tráfico de animais exóticos.

Com a repercussão do caso, a cobra ficou conhecida nas redes sociais e já ganhou inúmeros perfis com deboche por ter sido a responsável por desmembrar o esquema criminoso de transação de animais.

Desde que chegou ao Zoológico de Brasília, os biólogos da instituição estão tomando cuidado redobrado com a Naja, mantendo-a, inclusive, em camarim fechado para evitar que o animal seja exposto ao estresse. Outro objeto de preocupação é que o antídoto para anular o efeito do veneno da cobra precisou ser importado dos Estados Unidos pela família de Pedro e chegou em baixa quantidade.

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