Exoneração no Iges-DF é prenúncio de mudanças na Secretaria de Saúde
Longas filas para testagens contra a Covid-19 e outras crises recentes na área ameaçam permanência do atual secretário Manoel Pafiadache
atualizado
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A exoneração do general Gislei Morais de Oliveira do cargo de diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF), nesta sexta-feira (21/1), é um prenúncio de possíveis mudanças no alto escalão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal nos próximos dias.
General Gislei pede demissão do cargo de diretor-presidente do Iges-DF
O Palácio do Buriti tem sinalizado insatisfação com a gestão da área, principalmente após a recente explosão de casos de Covid-19 na capital federal e as dificuldades encontradas por pacientes ao procurar uma unidade pública, especialmente para a testagem rápida.
A demissão do gestor do Iges-DF atinge diretamente o atual secretário de Saúde, Manoel Luiz Narvaz Pafiadache, padrinho da indicação e que também é general do Exército.
Antecipação
Após ter confirmado o pedido de exoneração à coluna Grande Angular, o governador em exercício, Paco Britto (Avante), afirmou que o desligamento foi apenas uma antecipação da decisão que já havia sido tomada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
“O general Gislei só antecipou o que iria acontecer. A demissão já estava decidida pelo Governo do Distrito Federal”, disse Paco. Ainda não foi anunciado o substituto de Gislei.
“Só se antecipou”, diz Paco sobre demissão de presidente do Iges-DF
Segundo ele, a insatisfação, no caso do Iges-DF, foi a falta de médicos nas unidades de pronto atendimento (UPAs) e a recente bandeira vermelha decretada no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), todos de responsabilidade do instituto.
O Metrópoles procurou oficialmente o Buriti, nesta sexta-feira (21/1), para questionar sobre as possíveis mudanças na Secretaria de Saúde, mas a sede do Executivo distrital afirmou que não comentaria o assunto.