Ex-presidente do PSL-DF apela para que Bia Kicis fique no União Brasil
Durante festejos pela fusão com o Democratas, Manoel Arruda afirmou que sigla “precisa de pessoas para poder tocar o projeto”
atualizado
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O agora ex-presidente do diretório do Distrito Federal do Partido Social Liberal (PSL-DF), Manoel Arruda, fez um apelo público para que a deputada federal Bia Kicis (ex-PSL) migre com correligionários para o União Brasil, sigla recém-criada com a fusão da legenda da parlamentar e o Democratas.
A investida ocorreu durante confraternização em Brasília, na noite da última segunda-feira (8/2), onde a parlamentar esteve presente. O encontro realizado na casa do dirigente partidário aconteceu após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referendar a junção das duas agremiações.
“União Brasil é um partido que nasce grande, gigante. Mas ele precisa de pessoas para poder tocar esse projeto. Então, se eu puder aqui, deputada [Bia Kicis], independentemente, gostaria muito que a deputada ficasse no União”, discursou para os convidados.
Bia Kicis ainda não sinalizou o caminho que pretende seguir após a criação do novo partido político. Eleita pelo Partido Republicano Progressista (PRP), a parlamentar migrou para o PSL após a sigla de origem não alcançar a chamada cláusula de barreira.
Uma das principais apostas do presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital federal, a congressista já cogitou seguir os caminhos do titular do Palácio do Planalto e integrar o partido comandado por Valdemar Costa Neto. A decisão, contudo, ainda não foi tomada.
“Vamos nos unir por esse projeto, unir para conversar. Mesmo que estejamos em projetos diferentes. Conversar é o melhor caminho para a gente traçar um projeto para o futuro do Brasil”, continuou Manoel Arruda.
Além de Bia Kicis, participaram do evento o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto (Avante), e o deputado distrital Eduardo Pedrosa (ex-DEM), que deve permanecer na mais nova sigla partidária do país.
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Fusão
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, o pedido de fusão entre o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), que vai criar o União Brasil.
A sigla nasce como uma das maiores do país em bancada, mas sua criação permitirá a migração de parlamentares insatisfeitos para outras siglas, de modo que o tamanho real do novo partido ainda é uma incógnita, assim como seu futuro político.
Os dirigentes do União Brasil, que será presidido por Luciano Bivar, já flertaram com o pré-candidato à Presidência Sergio Moro, hoje no Podemos, mas também avaliam entrar na eleição deste ano sem candidato ao cargo mais importante da administração federal.
O secretário-geral da nova legenda será o atual presidente do DEM, ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Durante o julgamento, os ministros do TSE determinaram que o novo partido cumpra, nos próximos três meses, exigências burocráticas como o cancelamento de contas bancárias das antigas agremiações e o cancelamento das identidades jurídicas (CNPJ) independentes, para a criação da nova.