Ex-diretores do BRB na gestão Agnelo são proibidos de atuar em bancos
Decisão do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional negou recurso dos ex-gestores acusados de irregularidades financeiras
atualizado
Compartilhar notícia
Dois ex-diretores do Banco de Brasília (BRB), que ocuparam os cargos durante a gestão do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), estão proibidos de atuar em instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central ou que integrem o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Antônio Ailton Batista de Oliveira e Vanderley Batista Barbosa ocuparam a área responsável pela operação de câmbio do banco entre 2013 e 2014, quando foram constatadas movimentações financeiras irregulares para beneficiar três clientes.
De acordo com o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (SFN), o Banco Central identificou “demonstrações contábeis atípicas e com indícios de falsificação” com saltos milionários em comprovantes de faturamento bruto anuais dos três correntistas.
Além de uma multa ao banco, ambos ex-diretores haviam recebido a penalidade e ingressaram com recurso contra a decisão administrativa. Contudo, no acórdão publicado nesta quinta-feira (2/6), os integrantes do conselho de recursos seguiram o voto do relator Pedro Frade de Andrade e negaram o provimento.
Por isso, tanto Aílton Batista quanto Vanderley Barbosa ficarão 6 anos sem poder atuar em instituições financeiras. Além disso, a nova decisão também manteve uma multa ao BRB de R$ 100 mil por não ter diagnosticado a possível fraude interna.
Procurada, a defesa dos ex-diretores afirmou que identificou incoerências no processo administrativo e vai contestar a decisão do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional na Justiça.
“Vou entrar judicialmente contra o conselho para anular essa decisão”, disse.