Em São Paulo, tucanos se bicam e comprometem planos de Alckmin
Presidenciável pelo PSDB, o governador paulista negocia para atrair outras siglas na montagem da eventual chapa
atualizado
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A rixa dentro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) de São Paulo segue forte. Aliás, como nos ninhos tucanos de boa parte do Brasil. A falta de unidade partidária levará, possivelmente, o atual prefeito da capital paulista, João Dória, a disputar prévias com o ex-senador José Aníbal. Ambos querem a cadeira do Palácio dos Bandeirantes, ocupada atualmente por Geraldo Alckmin – que tenta viabilizar o próprio nome para a corrida presidencial.
As diferenças internas sobre o governo de São Paulo não são as únicas no partido. Outros dois tucanos devem se enfrentar pela vaga no Senado Federal. O chanceler e senador Aloysio Nunes pretende buscar a reeleição, mas terá de medir forças com o deputado federal Ricardo Tripoli, que tenta ampliar sua base de votos.
Na corrida pela alta plumagem, os tucanos estão se bicando. Alckmin vê com preocupação os rumos internos de sua agremiação, já que precisará oferecer vagas para a disputa estadual numa eventual chapa.As brigas dentro da agremiação são uma pedra no sapato de Alckmin. Atual presidente do PSDB, o tucano tenta acolher o PSB do seu atual vice-governador, Márcio França, numa eventual composição majoritária nacional rumo ao Planalto. Além disso, o presidenciável paquera com outras siglas, como o PPS. O problema é que a sigla presidida pelo deputado federal Roberto Freire ainda nutre esperanças de oficializar o nome do apresentador Luciano Huck ao Palácio do Planalto.
Dificilmente, alguma sigla se contentará com o que sobrar dessas brigas. A insistência na divisão aponta para um prenúncio de que as bicadas entres tucanos podem se transformar num grande balde de água fria nas pretensões nacionais de Alckmin.