Em cliques inéditos, fotógrafo faz releitura de cartões-postais de Brasília
Bruno Castro nasceu no interior de Goiás, mas foi adotado por uma família moradora da capital federal, onde alimentou paixão por fotografar
atualizado
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O fascínio pelas linhas da arquitetura de Brasília fez com que um jovem ganhasse destaque na forma como enxerga os monumentos da capital federal. Com apenas 23 anos, o fotógrafo Bruno Castro é autor de uma coleção interminável de cliques inéditos sobre as obras dos eternos Oscar Niemeyer e Lucio Costa, dois dos principais ícones da metrópole idealizada para abrigar os Três Poderes da República.
Poucas horas após o nascimento, registrado na cidade de Ipameri – município goiano com cerca de 30 mil habitantes –, o rapaz já seguiu ao lado da nova família com destino a Brasília, onde passou a morar na SQN 306. O endereço com localidade privilegiada e o incentivo do pai e do avô de criação fizeram com que, ainda cedo, despertasse a paixão pela fotografia, em especial por aquelas que retratavam a cidade que o acolheu para a nova vida.
“Assim que nasci, minha nova família me trouxe pra cá e, desde pequeno, sempre gostei bastante de fotografar. Eu sempre pegava as câmeras do meu avô e ficava testando. Meu pai me falava para não tirar porque, naquela época, usávamos filme. A partir dos 10 aos 12 anos, comecei a fotografar e, até hoje, guardo algumas delas”, disse.
Veja algumas fotos:
Arquitetura
Com a adolescência vivenciada no centro de Brasília, o futuro fotógrafo foi despertando o interesse pelos prédios e obras da cidade, tanto que escolheu cursar e foi aprovado em arquitetura na Universidade de Brasília (UnB). “Fotografava as construções e depois tentava reproduzir o esboço. Assim, uni as duas coisas que sempre gostei”, disse.
Quando perguntado sobre o local que mais admira em Brasília, Bruno Castro é categórico: a Torre de TV. Mas, como todo apaixonado pela capital federal, não desmerece as outras construções, tanto que imortalizou inúmeros postais em seu portfólio.
“Eu costumo dizer que Brasília é uma utopia. É complexo dizer, mas ela foi concebida como uma cidade de fantasia, de um sonho de muitas pessoas e que se concretizou no meio do nada, bem no centro do país. Esse sonho daquela época parece estar sendo perdido, o que me incomoda muito. É difícil de acreditar que o trabalho daquela geração que construiu a nossa cidade não esteja sendo continuado nos dias de hoje”, finalizou.