DF melhora posição em ranking de isolamento e volta a ocupar 12º lugar
Segundo dados de uma empresa de software, 42,49% da população brasiliense ficaram em casa no último sábado. OMS recomenda índice de 70%
atualizado
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O Distrito Federal subiu do 14º para o 12º lugar no ranking de isolamento social no Brasil. A população brasiliense já ocupou o primeiro lugar na lista de respeito à quarentena recomendada diante da pandemia do novo coronavírus.
O número não significa, necessariamente, a melhora na conscientização do brasiliense, já que tanto na sexta-feira (08/05) quanto no sábado (10/05), o percentual permaneceu o mesmo: 42,49%. Nesse caso, portanto, outras unidades da Federação que pioraram o desempenho, o que fez o DF subir no ranking, mesmo estabilizando os seus registros.
As autoridades sanitárias recomendam ser o ideal uma taxa de 70% de obediência à quarentena.
A capital do país atingiu o pico de isolamento social em 22 de março, um domingo, quando 69% dos moradores permaneceram fora das ruas.
O ranking da quarentena é montado pela empresa de software In Loco, que utiliza tecnologia de geolocalização de 60 milhões de dispositivos móveis para isso. Os especialistas garantem que a privacidade do usuário é mantida.
Descumprimento
Atualmente, Ceará lidera a lista dos estados mais conscientes sobre a pandemia do novo coronavírus e atingiu 50,8% na taxa de isolamento. Em seguida, o Amapá aparece na segunda posição, com 50,71%. A terceira colocação é do Pará.
Na contramão das orientações das autoridades sanitárias, quem fica em último lugar nessa tabela é o vizinho Goiás, com apenas 37,44% da população respeitando a quarentena. Antes dele, ficam Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com 38,03% e 38,69, respectivamente.
Quebra de quarentena
No sábado, pelo segundo fim de semana seguido, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram na Esplanada dos Ministérios, para se manifestarem a favor do governo federal e contra os poderes Legislativo e Judiciário.
Nos pontos de concentração do ato – Museu da República e Congresso Nacional – os participantes se aglomeraram, desrespeitando o atual decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que proíbe concentração de pessoas.
Um líder do movimento do agronegócio que apoia Bolsonaro minimizou a pandemia do novo coronavírus. “Estou desde o dia 15 de março nas ruas, sem máscaras. Quem está de máscara são os governadores. Eu estou aqui sem máscara e não tenho o vírus. Ninguém aqui tem. O único vírus que precisamos acabar é com o da corrupção”, disse antes de ser aplaudido pelos manifestantes.